EXECUÇÃO OU VINGANÇA
Motorista de aplicativo acusado de estupro é encontrado morto com marcas de tiros e mãos amarradas em estrada de Cuiabá
O corpo de Daferson da Silva Nunes, de 36 anos, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (22) em uma estrada vicinal na região do Distrito do Sucuri, em Cuiabá. Ele estava com as mãos amarradas, apresentava marcas de tiros e vestia camiseta azul, calça jeans e botinas pretas.
De acordo com informações preliminares, o corpo foi localizado nas proximidades da empresa Mika Alimentos por trabalhadores que passavam pelo local. A área foi isolada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para os trabalhos de investigação.
Daferson foi identificado ainda no local, pois estava com documentos pessoais e cartões bancários. Após os trabalhos periciais, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exame de necropsia para confirmar a causa da morte.
O delegado Michael Paes, da DHPP, informou que familiares da vítima estão sendo ouvidos para auxiliar na apuração das circunstâncias do crime. Segundo ele, a autoria e a motivação do homicídio ainda são desconhecidas, e todas as hipóteses estão sendo analisadas.
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De acordo com a Polícia Civil, Daferson era investigado por um crime de estupro registrado no último fim de semana, em Várzea Grande.
Conforme o boletim de ocorrência, uma jovem de 21 anos relatou ter solicitado uma corrida de moto por aplicativo por volta das 23h30 de segunda-feira (20), saindo do shopping Estação, em Cuiabá, com destino ao bairro Paiaguás, em Várzea Grande.
A vítima afirmou que o motociclista teria desviado a rota, seguido por uma rua de chão, mandado a passageira descer e a violentado sexualmente. Após o registro da ocorrência, prints com o nome e a foto de Daferson começaram a circular em grupos de motociclistas e redes sociais, apontando-o como suspeito.
Antes de ser encontrado morto, Daferson negou as acusações. Além desse caso, o motorista de aplicativo tem uma passagem por um homicídio cometido em 2016.
Em depoimento prestado à Polícia Civil, ele afirmou que a passageira teria o assediado durante a corrida e que apenas pediu para que ela “se comportasse de forma adequada”.
Ainda segundo o relato, ele informou que prints e áudios com acusações falsas começaram a ser compartilhados em redes sociais dias antes do crime.
As autoridades agora investigam se o assassinato de Daferson tem relação com a denúncia de estupro ou se foi motivado por outros fatores.
O caso segue sob investigação da DHPP de Cuiabá, em conjunto com a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Várzea Grande, para apurar a sequência dos fatos, identificar os envolvidos e esclarecer as responsabilidades criminais.
Agronegócio
Deputado José Medeiros se envolve em confusão e chama advogada de “porta de cadeia” durante CPMI do INSS
A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada nesta quinta-feira (23), foi marcada por um novo bate-boca entre o deputado José Medeiros (PL-MT) e uma das defensoras presentes. A confusão teve início quando o parlamentar discutiu com a advogada Izabella Hernandez Borges, que acompanhava a médica e empresária Thaisa Hoffmann Jonasson, convocada a depor.
Durante sua fala, Medeiros insinuou que a advogada seria uma “profissional de porta de cadeia”, comentário que gerou imediata reação e interrompeu os trabalhos da comissão. “Monteiro Lobato escreveu um livro e criou um país fictício chamado ‘Banânia‘. E nesse país havia uns cavaleiros vermelhos Ferrari que, por mais de 18 anos, governaram e saquearam o país — o petróleo, as empresas estatais, e, por fim, até os aposentados. Mas estou falando de Banânia, não do Brasil”, declarou Medeiros, em tom irônico.
Ao tentar continuar a fala, o deputado foi interrompido pela advogada Izabella Borges, que questionou a forma como ele se dirigia à depoente.
Irritado, Medeiros reagiu de maneira agressiva. “A senhora me respeite. Não venha com esse comportamento de advogada de porta de cadeia. Estou na minha fala”, disparou o parlamentar.
A declaração gerou imediata reação dos presentes na comissão, com protestos de parlamentares e advogados que acompanhavam a sessão. O presidente da CPMI precisou intervir, pedindo que o deputado retirasse a expressão.
Medeiros, no entanto, manteve o tom provocativo: “Eu respeito os bons profissionais do Direito, mas não aceito provocação. Aqui é uma comissão séria, e não palco de teatro.”
A sessão foi brevemente suspensa e retomada após o clima se acalmar durante a Comissão Parlamentar do INSS.
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O embate gerou tumulto entre os presentes, levando o presidente da CPMI a pedir calma e restabelecer a ordem. Outros parlamentares condenaram o tom adotado por Medeiros, considerado machista e desrespeitoso por parte dos integrantes da comissão.
CPMI DO INSS
A CPMI do INSS foi criada para investigar possíveis irregularidades e fraudes no sistema previdenciário. Thaisa Hoffmann Jonasson foi convocada para esclarecer informações relacionadas à atuação de empresas suspeitas de intermediar benefícios de forma ilegal.
Izabella Borges, que acompanhava a depoente, é advogada com atuação na área previdenciária e defende outros investigados em processos semelhantes.
Após o episódio, aliados de Medeiros minimizaram a confusão, alegando que o parlamentar reagiu a uma suposta provocação da advogada. Já integrantes da oposição consideraram o comportamento incompatível com o decoro parlamentar e devem avaliar a apresentação de uma representação no Conselho de Ética.
Até o momento, nem o deputado José Medeiros nem Izabella Borges se pronunciaram oficialmente sobre o epísódio.
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