Política MT
Comissão de Saúde faz visita técnica em Cáceres e propõe medidas para melhorar atendimento regionalizado

Foto: Helder Faria
A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizou uma visita técnica ao Hospital Regional Dr. Antônio Carlos Souto Fontes, em Cáceres, nesta terça-feira (10).
Também se reuniu com alguns prefeitos e secretários de Saúde dos 23 municípios que integram as regiões Oeste e Sudoeste de Mato Grosso, no auditório do Hospital São Luiz, para debater as necessidades estruturais e estratégias para fortalecer o atendimento regionalizado de saúde.
A inspeção contou com a presença dos deputados membros da comissão, deputado Paulo Araújo (PP), que preside a Comissão, Dr. João (MDB) e Lúdio Cabral (PT). Além de técnicos do Núcleo Social e do Programa QualiVida da ALMT.
Dentre os encaminhamentos feitos pela comissão, o deputado Paulo Araújo destacou a necessidade de melhorar especialidade em obstetrícia e ginecologia. “Fizemos um encaminhamento para resolver a questão da maternidade em Cáceres e melhorar a obstetrícia no município”, afirmou. Segundo ele, o fortalecimento da rede local impactará diretamente no funcionamento do Hospital Regional. “Se resolvermos isso em Cáceres, o hospital ganha resolutividade para toda a região”, argumentou.
Também informou que a comissão vai articular junto ao governo do estado para garantir os recursos necessários. “Não tenho dúvida de que, apresentando como uma demanda regional, vamos conseguir o investimento necessário”. Um dos focos é o credenciamento de unidades hospitalares para atender casos de baixa complexidade.
“Estamos tratando de um encaminhamento de longo prazo, com a criação de uma grande maternidade pública em Cáceres. Sobre o funcionamento, a taxa de ocupação é de 100%, mas o hospital está cumprindo a sua missão, porém precisa de apoio municipal e estadual para continuar avançando”, afirmou Araújo. As visitas técnicas serão realizadas também em Colíder, Alta Floresta, Sorriso e Sinop.
O deputado Dr. João, médico, afirmou ter ficado satisfeito com o que viu. “Tem alguns problemas, mas no geral eu gostei muito. É um hospital com grande resolutividade em áreas-chave como ortopedia, neurocirurgia e traumatologia, especialidades que a maioria dos municípios não tem”. Ele também destacou a discussão com os consórcios de saúde sobre a pediatria, ginecologia e obstetrícia. “Queremos construir uma proposta que atenda à grande demanda da região”, explicou.
CISOMT – O presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Mato Grosso (CISOMT) e prefeito de Salto do Céu, Mauto Teixeira Espíndola (Republicanos), reforçou a necessidade de reorganizar a rede. “Temos quase 300 leitos entre o Hospital Regional e o Anexo São Luiz, mas a regulação ainda está ruim. É preciso separar a atenção básica da alta complexidade”.
Ele propôs uma reunião com os 14 prefeitos e secretários municipais do consórcio para discutir soluções com o secretário estadual de Saúde. “Achei de grande valia a visita dos deputados. É importante que vejam a realidade da nossa saúde”, disse, Espíndola, ao citar avanços no programa de mutirões de cirurgias, com a realização de procedimentos ginecológicos, urológicos, otorrinolaringológicos, oftalmológicos e renais, com apoio do Governo do Estado.
Já o deputado Lúdio Cabral (PT), médico de formação, expressou preocupação com a situação encontrada durante a visita. “Muitos problemas. Mães reclamando a falta de dipirona. Também faltam luftal, salbutamol, coisas básicas que um hospital tem que ter”.
Lúdio relatou ter visto crianças internadas em macas improvisadas, risco de quedas e falhas estruturais como uma cozinha desativada, mesmo após reforma, e um centro de esterilização em condições precárias. O parlamentar relatou que há uma grande ansiedade entre os servidores quanto ao futuro da unidade, uma vez que o Estado lançou edital para contratação de uma Organização Social (OS) para administrar o hospital e lamentou atrasos nos pagamentos de plantões médicos, chegando a cinco meses em alguns casos.
“Recurso tem. O que falta é organização da gestão para garantir medicamentos, insumos e o funcionamento adequado do hospital. Precisamos de uma rede financiada pelo estado, com profissionais nos municípios, e não apenas programas paliativos como os mutirões”, disse o deputado.
A prefeita de Cáceres, Eliene Liberato parabenizou os deputados pela iniciativa e defendeu uma pactuação entre município, Estado e União para reestruturar a rede e garantir atendimento de qualidade para os 22 municípios atendidos, com foco em soluções de curto, médio e longo prazo.
Ela destacou a necessidade de reativar o Hospital Bom Samaritano como hospital municipal, assumindo partos normais e atendimentos clínicos leves, o que ajudaria a desafogar a UPA e o Hospital Regional.
Segundo o diretor do Hospital Regional, Wellington Alessandro Dolce, que acompanhou a vistoria, após quatro meses à frente da direção, a unidade já apresenta “crescimento significativo no atendimento clínico e cirúrgico”, com melhorias na estrutura física e em materiais, fruto de investimentos do Governo do Estado. Além de Cáceres, o hospital atende outros 22 municípios da região, além de pacientes vindos da Bolívia.
“Os municípios precisam investir mais na atenção básica e secundária para reduzir internações evitáveis e desafogar os hospitais estaduais”, destacou Dolce.
Durante a agenda, a comitiva também passou pelo Centro Regional de Oncologia Dr. José Monteiro da Silva e pelo Banco de Sangue.
Leitos e atendimentos – O Hospital Regional de Cáceres dispõe atualmente de 16 leitos de UTI adulto e 10 pediátricos; 25 leitos de Clínica Cirúrgica; nove de Oncologia; 29 de Ortopedia e Traumatologia; 23 de Pediatria; oito boxes de Emergência; 29 leitos de Observação; 20 de Clínica Médica Neurológica.
Entre 2022 e 2025, foram realizados mais de 197 mil procedimentos, com destaque para as especialidades de trauma, doenças digestivas e respiratórias.
Regional – Inaugurado em 25 de agosto de 2001, o Hospital Regional de Cáceres é administrado pelo Governo do Estado de Mato Grosso e oferece atendimentos 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade é composta pela sede principal e pelo Anexo 1, instalado no prédio do antigo Hospital São Luiz, incorporado à gestão estadual em 28 de março de 2022, por meio do Decreto nº 1.320.
Fonte: ALMT – MT

Política MT
Deputado Avallone participa de evento do Exército sobre combate a incêndios florestais

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Avalone (PSDB), participou esta semana do evento de dois dias realizado em Cuiabá pelo Exército com o objetivo de disponibilizar à Defesa Civil apoio para combater os incêndios em Mato Grosso, com foco principalmente no Pantanal. Também estiveram presentes representantes de diversos órgãos como Ibama, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, entre outros.
No 44º Batalhão de Infantaria Motorizado ocorreu a Solenidade de Apronto Operacional, que na prática é a apresentação dos equipamentos e pessoal que estarão à disposição e poderão ser acionados para combater os incêndios Florestais. Já na 13ª Brigada, o Chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Oeste, General de Brigada Valério Luiz Lange, por vídeo conferência, também apresentou o arcabouço disponibilizado em Mato Grosso do Sul.
“Quero parabenizar todas as forças de segurança e instituições que estão se organizando para o combate aos incêndios e nestes dois dias foi tratado especificamente sobre o Pantanal, que desde 2021 tem trazido muita preocupação para o estado de Mato Grosso e para todo o Brasil. Por isso a cada ano estamos nos estruturando melhor”, afirma o deputado.
Avallone destaca a importância de ser mostrada a estrutura a ser utilizada em 2025 para que a sociedade perceba que diversas ações estão sendo feitas e preparadas para o combater os incêndios e que há avanços a cada período.
O parlamentar também chama a atenção para a necessidade de Mato Grosso continuar avançando com as estruturas para se preparar para as condições desfavoráveis apontadas pelos órgãos responsáveis pelas previsões do clima e da temperatura.
“Graças a Deus os ‘céus’ estão ajudando, a temperatura melhorou, choveu mais e o Pantanal está mais cheio e recuperou áreas que estavam sem inundação há muitos anos, mas ainda temos preocupações muito grandes porque o baixo Pantanal ainda continua com falta de água e isso pode refletir aqui no nosso Pantanal”, destaca Avallone.
Para o deputado, agora é o momento de apresentar algumas demandas ao Ministério da Defesa para que Mato Grosso receba a mesma estrutura de Mato Grosso do Sul. “A palestra que assisti mostra claramente toda a estrutura que o Exército, a Aeronáutica e a Marinha colocaram à disposição para o combate aos incêndios no Pantanal está muito mais localizada no sul do que aqui em Mato Grosso. Embora o bioma seja maior em Mato Grosso do Sul, com cerca de 64%, os nossos 36% precisam receber a mesma estrutura, uma vez que o Pantanal é único, um bioma só e precisamos dar a mesma ênfase ao combate”.
O comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Luiz Duarte de Figueiredo Neto, pontua que a preparação do Exército no combate aos incêndios ocorre ao longo do ano com cronograma de atividades voltadas ao auxílio à Defesa Civil. “Esse processo abrange desde o gerenciamento de crise ao enfrentamento propriamente dito aos incêndios florestais”.
Conforme o comandante, será mantido o apoio logístico aos órgãos e instituições e engloba alojamento, transporte e alimentação, mas dependendo da situação e da demanda o Exército também poderá participar diretamente nos incêndios florestais, como o apoio aéreo e aquaviário. O general acrescenta ainda que a 13ª Brigada, em parceria com o Corpo de Bombeiros, capacita por ano 500 militares para atuarem como brigadistas
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Flávio Glêdson Vieira Bezerra, explica que a operação do período preventivo no Pantanal teve início no dia primeiro de junho e seguirá até 31 de dezembro. “Inauguramos a Sala de Situação Central, que detecta a ocorrência de incêndio e foco de calor, principalmente no Pantanal. Também contamos com o apoio da Secretaria de Infraestrutura, que está empenhando cerca de 30 maquinários para a construção de novos aceiros e alargamento dos já existentes”.
Segundo o comandante, para 2025 estão sendo disponibilizadas, inicialmente, 20 equipes para atuarem exclusivamente no Pantanal, de um total de 90 equipes, além de helicóptero e avião de combate e outros equipamentos.
Fonte: ALMT – MT
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