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Audiência Pública debate regulamentação da venda de produtos de origem animal nas feiras livres de Cuiabá

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Preocupados com o futuro de seus negócios, feirantes das feiras livres de Cuiabá enfrentam dificuldades para se adequar à exigência do Selo de Inspeção Municipal (SIM), obrigatório para a comercialização de produtos como galinhas caipiras e queijos. Sem o suporte técnico necessário, muitos relatam incertezas e temem perder o sustento de suas famílias.

Para tratar do tema, foi realizada na manhã desta segunda-feira (28), no plenário da Câmara Municipal de Cuiabá, uma audiência pública para debater a “Comercialização de Produtos de Origem Animal nas Feiras Livres de Cuiabá: Desafios, Fiscalização e Alternativas para a Regularização dos Feirantes”. A iniciativa foi proposta pela vereadora Michelly Alencar (União Brasil) a pedido dos próprios trabalhadores.

O encontro reuniu feirantes, representantes da Prefeitura e órgãos de fiscalização, que discutiram os impactos das fiscalizações intensificadas, que têm colocado em risco a atividade de muitos comerciantes tradicionais.

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“Comercializo produtos da roça há mais de 30 anos em Cuiabá. Precisamos saber como ficará nossa situação. Vim hoje à audiência para entender como devemos proceder, pois vendo leite, queijo e carne suína”, relatou o feirante Jacob Kaiser.

Patrícia Albuquerque, coordenadora das feiras livres de Cuiabá, reforçou a importância cultural e econômica da atividade:

“A comercialização de produtos de origem animal faz parte da tradição cuiabana. Precisamos encontrar soluções que assegurem a segurança alimentar sem prejudicar o trabalho dos feirantes”.

Estanil Amaral, presidente da Associação das Feiras Livres de Cuiabá, também destacou a necessidade de apoio: “Não podemos permitir que o feirante seja penalizado e impedido de trabalhar. Viemos buscar suporte para formalizar e regularizar nossas atividades”.

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Vereadora Michelly Alencar reforça apoio

A vereadora Michelly Alencar destacou a necessidade de diálogo entre o poder público e os trabalhadores, defendendo uma regulamentação que respeite a realidade dos pequenos produtores.

“Me sensibilizo com essa causa, pois também cresci no meio da feira, ajudando meus pais, que eram produtores de queijo e galinha caipira, assim como vocês. A adequação às normas exige tempo e condições, não pode ser feita da noite para o dia”, afirmou.

Para Michelly, é fundamental que a regulamentação sanitária seja implementada sem prejuízos à fonte de renda das famílias que há décadas vivem da atividade feirante.

Posicionamento da Prefeitura

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, afirmou que a administração municipal está contratando médicos veterinários, por meio de concurso público, para criar procedimentos de inspeção e viabilizar a regularização dos feirantes, além de investir na implantação de espaços adequados de produção.

No entanto, o prefeito alertou: “A recomendação é que os feirantes que ainda não tenham seus produtos regularizados não comercializem, pois a Vigilância Sanitária poderá fazer a apreensão durante as fiscalizações, seguindo normas da Anvisa e da legislação federal”.

Segundo ele, as fiscalizações também respondem a cobranças do Ministério Público, que exige providências imediatas para adequação das feiras livres.
A diretora de Vigilância em Saúde de Cuiabá, Silvana Miranda, destacou que as ações de fiscalização são baseadas em legislações federais, municipais e em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, inicialmente para a Feira do Porto.

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O secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Fernando Medeiros, informou que a Prefeitura disponibiliza o programa “Balcão Único” para facilitar a abertura de CNPJ e a formalização dos feirantes.

Já o secretário de Agricultura Familiar, Fellipe Corrêa, orientou os produtores a buscar informações técnicas para certificação sanitária pelo telefone (65) 99280-1335. Ele também anunciou tratativas com a Fecomércio para a implantação de um módulo de abate de frango caipira, apoiando os pequenos criadores.

Encaminhamentos

Ao final da audiência, a vereadora Michelly Alencar propôs a criação de um Termo de Transição para a Certificação dos feirantes.

A medida prevê que os trabalhadores que derem entrada no processo de regularização possam continuar comercializando seus produtos formalmente durante o período de adequação às normas sanitárias.

“Queremos assegurar que nenhum feirante fique sem trabalhar. Aqueles que demonstrarem a intenção de se adequar receberão um termo de transição para que continuem comercializando dentro da legalidade, até a conclusão da certificação”, explicou a vereadora.

Uma nova reunião entre a Câmara, a Prefeitura e os órgãos de fiscalização deve ser agendada para formalizar o acordo.

Autoridades presentes

Abílio Brunini – Prefeito Municipal de Cuiabá
Fellipe Corrêa – Secretário Municipal de Agricultura
Silvana Miranda – Diretora de Vigilância em Saúde (SMS)
Fernando Medeiros – Secretário Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico
Estanil Amaral – Presidente da Associação das Feiras Livres de Cuiabá
Camila Caexeta – Coordenadora da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar
Juliana Chiquito Palhares – Secretária Municipal de Ordem Pública

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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Mato Grosso

Governador sanciona lei que multa em R$ 5 mil quem jogar lixo em espaços públicos

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O governador Mauro Mendes sancionou, nesta sexta-feira (23/5), a lei que prevê multa de R$ 5 mil para pessoas ou empresas que jogarem lixo em espaços públicos de Mato Grosso.

O projeto de lei, de autoria do Governo de Mato Grosso, foi aprovado pela Assembleia Legislativa nesta semana. Com a sanção, nos próximos dias o Governo irá regulamentar a lei com as diretrizes para sua execução.

“Além de poluir o meio ambiente, essa prática deixa os espaços com mau cheiro e aspecto sujo, além de entupir bueiros e ocasionar enchentes. A grande maioria da população cuida dos espaços públicos, mas ainda há pessoas e empresas que insistem em jogar lixo ou outros resíduos nas ruas, e isso prejudica a todos”, afirmou Mauro.

De acordo com a lei, a multa vale para todo tipo de lixo, como “resíduo sólido, orgânico ou inorgânico, de origem doméstica, comercial, industrial, hospitalar ou especial”.

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Além da multa, a normativa estabelece a “apreensão dos instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos, de qualquer natureza, utilizados na infração”.

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Caso o lixo seja jogado pelo motorista de alguém veículo, a multa será aplicada no CPF do condutor responsável (respeitando o contraditório e a ampla defesa), que também perderá o direito de receber desconto no IPVA.

Outra novidade trazida pela lei é a possibilidade de recompensa para quem denunciar a infração via aplicativo do MT Cidadão – a função ainda está em testes.

O denunciante terá a identidade preservada e, se procedente a denúncia, poderá receber a título de recompensa até 20% do valor da multa aplicada.

“Os recursos arrecadados com o pagamento da multa instituída pelo art. 2° desta Lei serão destinados a ações de conscientização e educação ambiental junto à sociedade e a programas de recuperação do meio ambiente”, diz trecho da lei.

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