AJUSTE FISCAL
Haddad afirma que governo define nesta terça-feira (21) medidas para recompor o Orçamento de 2026
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (21) que o governo deve definir ainda hoje as propostas para recompor o Orçamento de 2026, após a perda de validade da medida provisória (MP) que tratava da tributação sobre altos investimentos e previa aumento da arrecadação federal.
Segundo o ministro, a equipe econômica trabalha para fechar as contas públicas e evitar que a ausência da MP comprometa a execução orçamentária do próximo ano. “A medida provisória que perdeu a vigência tratava de temas importantes, tanto relacionados a despesas primárias quanto a gastos tributários. Precisamos agora equacionar o Orçamento, levar uma proposta ao Congresso e encontrar um caminho para ajustar as contas, sem percalços em 2026”, disse Haddad em coletiva de imprensa.
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Haddad contou que as alternativas foram discutidas na segunda-feira (20), em reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e líderes do governo no Congresso. “A Casa Civil e a Fazenda estão reunidas para processar o que foi debatido. Até o começo da tarde teremos uma definição do que fazer. As leis precisam estar harmonizadas — receita, despesa, LDO e Orçamento”, detalhou.
O ministro destacou que o governo pretende evitar qualquer descontinuidade em obras, emendas e programas públicos por conta de ajustes fiscais. Não tivemos problemas de execução orçamentária em três anos. Por que, em função do calendário eleitoral, vamos trazer dificuldades para o país?”, questionou.
No último dia 8, a Câmara dos Deputados retirou de pauta a MP encaminhada pelo governo que previa tributação sobre grandes investimentos — uma das principais medidas para reforçar a arrecadação e sustentar o equilíbrio das contas. “Vamos encewrrar o mandato com bons indicadores”, diz ministro.
Haddad também reforçou que o governo deve encerrar o mandato com bons resultados econômicos, citando crescimento, controle da inflação e redução do desemprego. “O compromisso com as contas públicas é o que tem proporcionado crescimento com baixa inflação e baixo desemprego. Vamos terminar o mandato com bons indicadores e continuar perseguindo bons resultados”, afirmou.
Mundo
Senado Federal aprova isenção para quem ganha até R$ 5 mil e eleva imposto sobre super-ricos
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (05) o projeto de lei (PL 1.087/2025) que isenta do Imposto de Renda trabalhadores com salário mensal de até R$ 5 mil e reduz as alíquotas para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. A proposta também eleva a taxação das altas rendas, a partir de R$ 600 mil por ano, e agora segue para sanção presidencial. (Confira o vídeo no final desta matéria).
A votação ocorreu em regime de urgência e foi aprovada por unanimidade. O texto é de autoria do Executivo e havia sido aprovado anteriormente pela Câmara dos Deputados, também sem votos contrários.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou a aprovação do projeto, classificando a medida como “um passo decisivo rumo a um país mais justo”. “Hoje é um dia histórico. Demos um passo decisivo para um país mais justo, com um sistema tributário que reconhece o esforço de quem trabalha e contribui para o Brasil”, afirmou.
Lula agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ao relator Renan Calheiros (MDB-AL) e aos líderes partidários pela condução célere do processo. “É uma vitória da democracia e da justiça social. O Governo do Brasil está do lado do povo brasileiro”, completou.
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Haddad: “Um marco na história do Brasil”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também destacou o caráter histórico da medida e o impacto positivo esperado sobre a economia. “Na minha opinião, vai ser um marco na história do Brasil. O Ministério da Fazenda está olhando para todas as dimensões da economia — inflação, crescimento, emprego — e agora, de forma decisiva, para a desigualdade”, afirmou.
Segundo o ministro, o aumento da faixa de isenção beneficiará principalmente famílias de menor renda, estimulando o consumo e o crescimento econômico.
Haddad frisou ainda que o projeto é neutro do ponto de vista fiscal, pois a renúncia de arrecadação será compensada pela criação de um Imposto de Renda mínimo de 10% sobre rendas anuais acima de R$ 1,2 milhão. “A economia que as famílias farão vai reduzir endividamento, diminuir inadimplência e aumentar o poder de compra. Isso fará a economia girar e fortalecerá o mercado interno”, destacou.
Apoio unânime e vigência em 2026
O relator Renan Calheiros manteve o texto aprovado pela Câmara, com apenas ajustes de redação. Ele destacou que a nova política de isenção é uma das medidas mais aguardadas dos últimos anos. “Vai beneficiar cerca de 25 milhões de trabalhadores e será compensada pelo aumento da carga sobre 200 mil super-ricos. Quem tem menos, paga menos; quem tem mais, paga mais”, resumiu.
A elevação do tributo incidirá apenas sobre quem ganha acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil ao ano), incluindo dividendos. A cobrança será gradual, com alíquota máxima de 10% sobre rendimentos.
Após a aprovação, Davi Alcolumbre exaltou a articulação entre Congresso e governo: “O projeto tramitou de forma célere e responsável. Graças a esse esforço conjunto, o benefício entrará em vigor já em janeiro de 2026”, afirmou.
senções mantidas
O texto aprovado mantém a isenção para investimentos financeiros ligados ao mercado imobiliário e ao agronegócio, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e fundos de investimento dos dois setores.
Panorama atual
Atualmente, o Imposto de Renda é cobrado a partir de R$ 3.076 mensais — o equivalente a dois salários mínimos. Com a nova faixa, o governo estima um impacto positivo direto na renda de 25 milhões de brasileiros e maior equilíbrio na tributação entre classes sociais.
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