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Comarca de Alto Garças celebra 61 anos com cidadania, história e novo fórum moderno

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O Poder Judiciário de Mato Grosso celebra nesta quinta-feira (31 de outubro) os 61 anos de instalação da Comarca de Alto Garças, entregando à população uma prestação jurisdicional cada vez mais próxima, eficiente e humanizada.

Criada pela Lei nº 2.152, de 28 de abril de 1964, a Comarca de Alto Garças segue sendo referência de comprometimento, evolução e proximidade com a sociedade alto-garcense, hoje composta por cerca de 13 mil habitantes.

Entre os projetos mais marcantes realizados no último ano está o Cidadania Conjugal, uma iniciativa que proporcionou a formalização da união de 53 casais da comunidade, por meio da conversão da união estável em casamento. Em um único dia de mutirão, foram realizadas todas as audiências necessárias, com a participação de 106 testemunhas. Os casais receberam suas certidões em uma cerimônia que reuniu emoção e reconhecimento ao trabalho do Judiciário.

O juiz diretor da Comarca, Luiz Antônio Muniz Rocha, destaca que a celebração coincide com um período de conquistas significativas. “Graças ao investimento do Poder Judiciário, hoje contamos com um fórum novo, moderno, acessível e preparado para oferecer o melhor atendimento à população. Também temos orgulho de projetos como o Cidadania Conjugal, que aproximou o Judiciário da comunidade, promovendo cidadania e dignidade”, afirmou.

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Para o magistrado, celebrar 61 anos é também celebrar a confiança da população.
“A Justiça de Alto Garças cresceu junto com a cidade. Nosso maior presente é ver a transformação que a Justiça promove na vida das pessoas”, resume o juiz.

Além do trabalho voltado à cidadania, a Comarca também viveu um momento histórico no final de 2024, com a inauguração do novo fórum Doutor Agnelo Bezerra Neto, entregue pela presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso à época, desembargadora Clarice Claudino da Silva, natural de Alto Garças. A estrutura moderna, sustentável e acessível simboliza o compromisso do Judiciário com a qualidade do atendimento à população.

Para a magistrada, o aniversário da Comarca é também um momento de orgulho e emoção pessoal. “A comemoração do aniversário da Comarca de Alto Garças é um momento de celebração da história e, ao mesmo tempo, de reconhecimento pelo caminho percorrido. É com orgulho que vejo minha cidade natal abrigar, desde o final de 2024, o moderno e acessível prédio do Fórum, resultado do investimento do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e do compromisso contínuo com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, que passa pelo cuidado humanizado com o cidadão que busca o atendimento do Poder Judiciário”, lembrou.

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De acordo com a desembargadora, ao longo das décadas o Judiciário caminhou ao lado do desenvolvimento do município. “Onde havia apenas estrutura modesta, hoje há tecnologia, atendimento humanizado e espaços preparados para garantir inclusão e dignidade a servidores, advogados, partes e cidadãos. A Justiça deixou de ser distante para se tornar mais presente, mais eficiente e mais próxima da comunidade”, acrescentou.

“Celebrar esta data é reconhecer que o crescimento de Alto Garças não se limita ao avanço econômico e social, mas também ao fortalecimento das instituições que constroem cidadania. A Comarca evoluiu com o município, testemunhando transformações, acompanhando seus desafios e contribuindo, diariamente, para a promoção da paz social. Sou muito feliz e agradecida por fazer parte dessa história!”, celebrou Clarice Claudino.

Com 2.033 processos em tramitação, 18 servidores, três assessores, seis colaboradores, dois credenciados e cinco integrantes da guarda patrimonial, a unidade tem se destacado por ações que reiteram o compromisso com o acesso à Justiça e à cidadania.

Autor: Adellisses Magalhães

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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Poder Judiciário retira crianças da “invisibilidade documental” durante Expedição Araguaia-Xingu

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Por quatro anos, Pedro Vinícius Gomes de Souza viveu sem certidão de nascimento. Sem esse documento, ele não podia ser matriculado em creche, não tinha acesso a cadastro em serviços públicos. Era como se a criança não existisse.

Morador de Espigão do Leste, distrito de São Félix do Araguaia (1.060 km de Cuiabá), o menino nasceu em período de forte chuva, inviabilizando o deslocamento até a Comarca mais próxima. Depois, a rotina de trabalho da mãe, Cláudia Fernanda Gomes Pereira, e a ausência de transporte tornaram o registro ainda mais difícil. O cartório mais próximo fica a cerca de 200 quilômetros de estrada de chão. “Eu sabia que precisava registrar meu filho, mas não tinha como viajar. Trabalho, outros filhos pequenos, e a distância… tudo ficava impossível”, relatou Cláudia.

O pai, Edvaldo Vasconcelos de Souza, 39 anos, é vaqueiro. Ele contou que, no dia do parto, estava trabalhando e não pôde chegar ao cartório no prazo exigido para o registro. A distância e a rotina de trabalho no campo dificultaram tudo. “Eu estava na fazenda e não consegui ir. Aqui é longe demais. Quando a gente vê, os dias passam e não dá tempo de ir até a cidade”, relatou.

A realidade mudou durante a 7ª Expedição Araguaia-Xingu, iniciativa do Poder Judiciário de Mato Grosso que leva serviços de cidadania a regiões de difícil acesso. Em poucos minutos, dentro da sala de audiência montada na escola municipal, o registro foi feito. Com o documento em mãos, Cláudia passou a respirar aliviada. “Representa uma vitória. Agora, graças a Deus, ele vai para a escola. É um direito que ele tem”. Ela reforça que a dificuldade não é uma situação isolada. “Aqui tem muita gente que passa por isso. Quem não tem carro e não tem dinheiro para viajar acaba ficando sem o documento”, acrescentou.

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Lis Maria – A história de Pedro não é exceção. Aos nove meses, Lis Maria Conceição da Silva também vivia sem certidão. A menina tinha apenas a Declaração de Nascido Vivo, documento provisório entregue pelo hospital.

Moradora de uma área rural do distrito, a mãe, Ana Beatriz Conceição da Silva, 18 anos, explicou que o registro foi sendo atrasado por limitações da vida cotidiana. “Ela nasceu no sábado e o cartório estava fechado. Depois, eu não conseguia faltar do trabalho. A gente foi adiando”.

Os casos de Pedro e Lis, assim como outros, foram amparados pela equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), que realizou o reconhecimento voluntário de paternidade, lavrou a ata e emitiu a certidão de nascimento, tudo no mesmo dia e no mesmo local. “Com a certidão, posso levar minha filha às consultas e resolver o que ela precisar”, afirmou Ana Beatriz.

Para a agente comunitária de saúde Raimunda Viana, o problema é repetido em muitas casas. “Sem certidão, a criança não entra no Sistema Único de Saúde. Aqui há muitas mães na mesma situação”, revelou. “Sei de casos de crianças de 14 anos que vivem sem a Certidão de Nascimento. É uma verdadeira benção a presença do Judiciário aqui”.

A presença do Judiciário foi destacada pelo subprefeito do Distrito, Richardson Vick. “É um atendimento que nunca tivemos aqui”, afirmou. “Só hoje, antes das 8h da manhã, já tínhamos mais de 180 pessoas na fila. O Judiciário vindo até o distrito evita que as famílias percorram longas distâncias em estrada de chão para conseguir um documento”, completou.

O juiz responsável pela Expedição, José Antônio Bezerra Filho, explica que justamente o propósito dessa iniciativa é aproximar o Judiciário de quem não consegue chegar até os serviços públicos. “O Judiciário precisa estar onde o cidadão está. Aqui, a distância significa não ter acesso. Quando trazemos o serviço para perto, garantimos direitos”, afirmou. Segundo ele, o modelo adotado une celeridade e simplicidade: “É dar efetividade à Justiça. Não esperar que a população percorra quilômetros para ter o que é de direito”, completou.

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Atendimento Os atendimentos seguem na Escola Municipal Alberto Nunes da Silveira neste domingo (09 de novembro), das 8h às 11h30 e das 13h às 17h.

Parceiros A Expedição Araguaia-Xingu é coordenada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. A ação é organizada pela Justiça Comunitária e conta com atuação integrada do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) e do Juizado Volante Ambiental (Juvam).

A iniciativa só se torna viável graças à união de esforços de diversas instituições públicas. Entre elas estão: Defensoria Pública, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Ministério Público do Estado, Politec, Justiça Federal, Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Polícia Judiciária Civil (PJC), Companhia de Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar, além das Secretarias de Meio Ambiente (Sema), de Saúde (SES), de Educação (Seduc) e de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Também participam e apoiam a expedição a Receita Federal, Caixa Econômica Federal, INSS, Assembleia Legislativa, Exército Brasileiro e as prefeituras dos municípios envolvidos. O projeto ainda conta com o apoio de empresas parceiras, como Aprosoja, Energisa, Paiaguás Incorporadora e Bom Futuro.

Acesse mais fotos no Flickr do TJMT

Autor: Talita Ormond

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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