TRE - MT
TRE-MT sedia o 1º Seminário de Línguas Indígenas
Indígenas de diversas etnias do estado foram recebidos da sede do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) no 1º Seminário de Línguas Indígenas. O evento que começou nesta terça (26.11) , seguirá com programação nos dias 27 e 28 de novembro durante a manhã e à tarde.
“Esse seminário de língua indígena é importante para as comunidades indígenas, para o povo indígena, para as etnias que lutam diariamente para manter suas línguas vivas. O seminário vai trazer esse entendimento para que possamos sempre continuar nessa luta pela preservação e fortalecimento, como forma de expressar a nossa identidade, porque o conhecimento é transmitido através de língua”, explicou o conselheiro da etnia mehinako, Makau Mehinako.
O evento surgiu com o propósito de valorizar e fortalecer a língua indígena, além de fazer um resgate da cultura através da língua. Mas, sobretudo, trazer experiências e estratégias positivas de escolas indígenas que atuam para preservar a própria língua. Além de ser o primeiro seminário deste tipo, é também a I Amostra de Práticas Exitosas nas Educações Escolares Indígenas de Mato Grosso.
“Pouco se ouve falar de línguas originárias. Fomos obrigados a não falar a nossa língua. Quem vai nos devolver a nossa língua originária? É muito doloroso para nós. A língua portuguesa está matando nossa língua”. Explicou na abertura, o presidente do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena (CEEI), Filadelfo Neto.
Para o diretor geral do TRE-MT, Mauro Diogo, o evento vai ao encontro do papel da Justiça Eleitoral. “Nós trabalhamos para que todos os mato-grossenses tenham seu direito de voto preservado. Ampliar a compreensão das línguas indígenas fortalece a possibilidade de divulgação da legislação eleitoral, dos processos que formam a nossa democracia”.
A primeira palestra foi conduzida por Nivaldo Poroo’i, da etnia Apyawã. Especialista em educação indígena e professor em sua comunidade, ele mostrou a importância da língua para a preservação da cultura. “Se a gente perde uma língua, a gente recebe um prejuízo muito grande. É pela língua que a gente mantém a nossa cultura, nossos cantos, nossas danças. A língua não é apenas falar, ela transmite conhecimento e expressa uma linguagem ritualística”, afirmou em sua apresentação.
Uma das estratégias que ele apresentou foi a iniciativa própria de sua comunidade que tem dado atenção a gramática e a formação continuada de professores na língua materna. O clímax foi quando ele deu exemplos práticos de vogais em sua língua. A vogal i é escrita “ikyweri ma’e” que significa magro ou “magrinho” em suas palavras. Já a letra ã é escrita “yaki” que significa lagartinha e está intimamente ligada à natureza.
Como o professor explicou, essa é uma estratégia de manter a língua viva para as próximas gerações, já a língua indígena até então se mantinha apenas pela oralidade. “Se a gente perde a língua, é uma perda irreparável”, declarou.
Ao final do evento, participantes elogiaram a palestra e o missionário Miguel Clemente que atua em uma comunidade na Venezuela da etnia Warau, deu também o seu depoimento. “A língua é uma carne viva”.
O evento é uma realização de parceria entre o TRE-MT e a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC).
Texto por: Maryelle Campos (Supervisão Daniel Dino)
#DescriçãodaImagem: A fotografia mostra o palestrante Nivaldo com microfone na mão e um cocar na cabeça enquanto faz sua apresentação.
Fonte: TRE – MT
TRE - MT
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: Comparecimento cresce 220% em seis anos
Em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado nesta terça-feira (03.12), o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) apresentou o resultado de algumas práticas adotadas para garantir a participação dessas pessoas no processo eleitoral. Em 2024, o número de eleitores aptos a votar com algum tipo de deficiência chegou a 19.547, um aumento de 196% quando comparado ao ano de 2018.
“Embora eleitores PCD sejam uma minoria que, por muitos setores da vida, são negligenciados e esquecidos, a Justiça Eleitoral de Mato Grosso dá atenção a essa parcela importante da nossa sociedade. Aliás, não dá para falar de democracia quando se exclui alguma parcela de cidadão, seja ela pequena ou não. A democracia é para todos, independente das diferenças”, pontuou a presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargadora Maria Aparecida Ribeiro.
A cada ano eleitoral houve um crescimento na participação das eleições nessa faixa eleitoral. De 2018 a 2020, o crescimento foi de 62%, já de 2020 para 2022 foi de 24%, enquanto que de 2022 a 2024, esse número voltou a crescer e alcançou 47%. O que, consequentemente, impactou no comparecimento às urnas. Em 2024, por exemplo, 67% do eleitorado apto exerceu o seu direito ao voto. O número é ainda mais impressionante quando se compara os anos de 2018 e 2024, em que mostra que houve um crescimento marcante de 220% na presença do pleito. Ou seja, essa é uma parcela que vem ganhando expressividade e mais força na hora de escolher seus representantes.
“Esse é um resultado esperado, já que há um trabalho que é pensado e desenvolvido especificamente para alcançar essa parcela de eleitores. Assim como há uma comunicação estratégica, há também ações de acessibilidade e inclusão para os eleitores PCD do estado. A estratégia se dá tanto na comunicação, quanto nas ações do Tribunal”, explicou a vice presidente do TRE-MT, desembargadora Serly Marcondes Alves.
Ampliação de atendimento ao eleitorado com deficiência
Em 2024, uma série de ações foram desenvolvidas a fim de atender e promover maior inclusão dessa faixa eleitoral. Entre elas estão vistorias nos locais de votação para garantia da acessibilidade, capacitação de mesários e mesárias, mutirão de atendimento no Instituto do Cegos, bem como um campanha de comunicação em todo estado para que eleitores com deficiência solicitassem à Justiça Eleitoral a inclusão da sua condição.
Ao ter ciência das necessidades dos eleitores com deficiência, a Justiça Eleitoral de Mato Grosso atuou diretamente para mudar locais de votação inadequados, assim como criou uma equipe especializada para prestar assistência nas seções eleitorais.
Outra ação inovadora foi a parceria com a Central de Interpretação de Libras (CIL). O que possibilitou uma equipe de intérpretes de libras e servidores para auxiliar eleitores com deficiência auditiva na sede do Tribunal durante os dias de votação. Vale relembrar, também, a disponibilização de transporte adaptado e gratuito em 90 municípios de Mato Grosso nas Eleições Municipais de 2024.
Porém, essas não foram as únicas ações realizadas, já em 2018 o TRE-MT ofertou capacitação em libras para seus servidores e servidoras, assim como em 2022 promoveu palestras instrutivas sobre as urnas para eleitores com deficiência visual.
Essas práticas impactaram diretamente nas faixas de deficiências visual, auditiva e de locomoção, que foram as que mais cresceram desde 2018. Além de serem também as faixas que mais compareceram ao pleito.
Texto por: Maryelle Campos (Supervisão Daniel Dino)
#DescriçãodaImagem: A imagem mostra uma pessoa cadeirante de costas e ao lado como texto principal “3 de dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência”.
Fonte: TRE – MT
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