Pesquisar
Close this search box.
CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

TRE - MT

Desembargador Marcos Machado assume presidência do TRE-MT para biênio 2025-2027

Publicado em

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) elegeu, nesta terça-feira (29.04), o desembargador Marcos Henrique Machado para ocupar a presidência do órgão no biênio 2025/2027. A sessão foi presidida pelo decano da Corte, juiz Edson Dias Reis. O processo de eleição foi precedido por discussões sobre a possibilidade de recondução da desembargadora Serly Marcondes Alves à vice-presidência, tendo em vista reclamação por ela protocolada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em decisão preliminar sobre o caso, a ministra Isabel Gallotti, corregedora-geral da Justiça Eleitoral solicitou mais informações sobre o caso e postergou a análise do pedido de liminar para um momento posterior ao recebimento de informações das autoridades. A pauta foi discutida pelo Pleno do TRE-MT.

FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui) Siga-nos também no Instagram e acompanhe

O primeiro a se manifestar foi o desembargador Marcos Machado, que defendeu a continuidade da eleição. “Eu sou membro do Tribunal, fui o mais votado, sou o mais antigo e tenho legitimidade para presidir o tribunal. Nós não estamos diante de uma reeleição para presidente. Nós estamos numa tese em que, se a vice-presidente corregedora não for eleita, ela não poderia ser reeleita ao mesmo cargo, o que é uma premissa absolutamente contrária ao que prevê o regimento do tribunal. O regimento não trata de uma recondução automática, institutos absolutamente distintos no direito administrativo”, disse entre seus argumentos sobre o caso.

A desembargadora Serly Marcondes também se manifestou. “Eu acabei de ser empossada para o cargo de juiz membro. Só me resta o cargo de presidente. Então, só recordando a este Pleno a interpretação simples do artigo 62 da Loman, combinado com a Constituição, temos outros precedentes aplicáveis ao caso. Peço simplesmente cumprimento da lei, cumprimento e interpretação simples da lei, de forma muito tranquila”.

A palavra seguiu para procuradora regional eleitoral, Ludmila Bortoleto Monteiro. Ela explanou que essa “é uma questão relevante de repercussão institucional e que coloca em confronto artigo da Constituição, no caso, o artigo 121, parágrafo segundo, da Constituição Federal. Então, ocorre que não poderia o Tribunal, por norma regimental, tornar letra morta a autorização constitucional de o juiz servir por dois biênios. Então, o Ministério Público entende que não há impedimento para prosseguimento, para que haja a eleição”.

Leia Também:  TRE-MT suspende expediente em Cuiabá no dia 7 de abril

“Aqui, se pararmos para pensar, se assim proceder, o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso a todo momento elegerá o presidente dessa Corte, ferindo sobremaneira a autonomia do Tribunal, ferindo, no meu ponto de vista, a autonomia deste Tribunal. Devemos proceder a eleição regular para o cargo de presidente, nos termos regimentais, garantindo a manifestação da vontade coletiva e o respeito à autonomia institucional que nos é conferida pela ordem constitucional e, inclusive, para se evitar uma instabilidade institucional com vacância de cargos diretivos dessa corte eleitoral”, destacou o juiz-membro, Luis Otávio Pereira Marques.

O entendimento foi defendido pela juíza Federal membro do Pleno, Juliana Maria da Paixão Araújo. “Eu tenho a mesma convicção que foi agora colocada pelo meu colega Dr. Luiz Otávio, uma vez que não há realmente em nenhum normativo um direito automático, uma condução automática à presidência de um tribunal. A Constituição prevê que é possível o exercício de dois biênios, e ela prevê que os cargos eletivos serão por eleição. Ela visa garantir a autonomia do tribunal, a independência do tribunal”.

No mesmo sentido, “O Tribunal Superior Eleitoral possui ao menos quatro precedentes sobre o tema, referentes aos Tribunais Regionais eleitorais da Paraíba, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Santa Cantarina, respectivamente dos anos de 2004, 2011, 2013 e 2015, e todos são no sentido de aplicação do § 2º do art. 120 da Constituição Federal, reconhecendo a autonomia dos Tribunais Regionais Eleitorais para a escolha do presidente e do vice-presidente”, apontou o juiz-membro substituto, Welder Queiroz dos Santos.

Leia Também:  Mutirão eleitoral nos distritos de Santo Antônio do Fontoura e de Nova Floresta

A eleição

Diante da ausência de liminar suspendendo o pleito, o pleno do TRE-MT deliberou pela continuidade da eleição. Com cinco votos a um, o desembargador Marcos Machado foi eleito ao cargo de presidente do TRE-MT. “Eu quero que vossas Excelências saibam que essa gestão vai ser compartilhada. Eu vou ouvi-los e vou esperar que corrijam o fluxo de tudo aquilo que eu proponho dentro de reuniões sistemáticas, antes mesmo de virem a plenário. Eu quero que vocês participem ativamente de todas as discussões. Penso que o presidente necessariamente precisa ouvir e ouvir antes de decidir”, destacou o novo presidente.

Seguindo o princípio da impessoalidade, o desembargador afirmou que “não adoto tendências fundamentalistas de gênero, religião ou sociológicas, porque para mim todos são iguais, e é isso que nós iremos equacionar ao longo das discussões administrativas e jurisdicionais. Assim, eu quero, irmanado num espírito absolutamente de paz, de harmonia e de eficiência, convocar a todos servidores bem-intencionados que desejam unir esforços e emprestar a sua capacidade de trabalho, a sua inteligência, para seguirmos juntos trabalhando pela Justiça Eleitoral”.

Vice-presidência e Corregedoria Eleitoral

A desembargadora Serly Marcondes Alves se julgou impedida de tomar posse no cargo de vice-presidente e corregedora eleitoral, optando por aguardar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre sua reclamação. “Eu tomei posse como membro deste plenário no cargo de juiz membro, mas eu tenho um impedimento. Eu não posso assumir enquanto não houver a decisão do TSE. Não vou cometer uma infração. Aguardo que o TSE, através da corregedora geral de Justiça, se manifeste”.

Com o posicionamento da desembargadora, foi convocado para exercer o cargo de vice-presidente e corregedor regional eleitoral, o desembargador Mário Roberto Kono de Oliveira, primeiro juiz-membro substituto, categoria desembargador. Cabe destacar que o biênio do desembargador segue até o dia 16 de maio.

Reportagem: Daniel Dino e Nara Assis

#descriçãodaImagem: Foto do Pleno do TRE-MT.

Fonte: TRE – MT

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

TRE - MT

TRE-MT integra Rede de Memória do Estado de Mato Grosso

Published

on

A Justiça Eleitoral de Mato Grosso assinou um Termo de Cooperação Técnica com o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT), nesta terça-feira (20.05), que formaliza a integração do Tribunal à Rede de Memória do Estado de Mato Grosso. A iniciativa tomada pelo TRT-MT visa fortalecer as relações institucionais em prol da gestão documental e histórica do estado. 

“A importância histórica de Mato Grosso costuma ser tratada de forma secundária pela historiografia oficial, que prefere destacar os papeis dos grandes centros urbanos do sudeste”, explicou Lener Aparecida Galinari, chefe de Seção de Biblioteca e Memória do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). Para ela, a criação da Rede demarca o cuidado com as futuras gerações e também com a democracia, colocando o estado em destaque nesse sentido.

Esse foi o segundo encontro em que gestores da memória de diversos órgãos do Poder Judiciário e do Executivo se reuniram, desta vez no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O primeiro encontro, sediado pelo TRT-MT e organizado pela Divisão de Memória e Gestão Documental da instituição, em abril de 2025, marcou o início do diálogo entre as partes, dentre elas: TJMT, Justiça Federal, Fórum de Cuiabá, Arquivo Público do Estado, órgão da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e o próprio TRE-MT. 

Leia Também:  TRE-MT participa de 8º mutirão do consumidor regularizando títulos do eleitorado

Como explicou Galinari, a colaboração entre os poderes resgata também a harmonia entre eles, mas sobretudo fortalece as gestões “porque a gente cria uma rede para que se preserve a memória e a gestão documental dos órgãos”. A rede referida trata-se da chamada ‘Rede de Memória do Estado de Mato Grosso’, que prevê a cooperação entre os participantes para qualificar e integrar ações relacionadas à memória e à documentação. 

Memorial

Inaugurado em 2011, o Memorial da Justiça Eleitoral de Mato Grosso é o primeiro do país e portanto pioneiro a ser criado dentro do Poder Judiciário. Como destacou Galinari, essa é uma iniciativa e marco importante na preservação da memória.  “Nós temos obras de altíssima qualidade, de 80 anos, de 90 anos, que retratam a história da Justiça Eleitoral no Mato Grosso”, disse a gestora. 

O espaço é reservado à história da democracia e conta com documentos e artefatos raros como modelos de urnas utilizadas antes da criação da urna eletrônica. Para fazer uma visita guiada em grupo no Tribunal, basta entrar em contato com a Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MT) pelo número  (65) 3362-8000 e verificar a disponibilidade. Já para a visita individual, o espaço é aberto e não necessita de agendamento, sendo que o funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h30. 

Leia Também:  Mutirão eleitoral nos distritos de Santo Antônio do Fontoura e de Nova Floresta

Texto por: Maryelle Campos (Supervisão Nara Assis) 

1/ Galeria de imagens

#DescriçãodaImagem: A fotografia mostra uma sala e uma mesa com os gestores e gestoras, algumas de costas e outras de frente, todas sentadas durante a reunião.

Fonte: TRE – MT

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA