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TCE-MT cobra notificação obrigatória de casos de Dengue, Zika e Chikungunya nos municípios

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Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT
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Presidente da Comissão Permanente de Saúde, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, em reunião com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) recomendará que os 142 municípios do estado notifiquem a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) sobre casos de Dengue, Zika e Chikungunya. A medida foi anunciada nesta sexta (31) pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social (Copspas), conselheiro Guilherme Antonio Maluf, em reunião com o titular da SES-MT, Gilberto Figueiredo.  

A alta nos índices das três doenças, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, tem preocupado as autoridades de Mato Grosso. Só neste ano, são mais de 12.700 casos prováveis, conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Os números, contudo, podem ser ainda maiores, já que muitas prefeituras não vêm repassando seus dados.  

Nestes municípios, classificados como “silenciosos”, a subnotificação impede que os órgãos de saúde tenham um retrato real da epidemia e planejem adequadamente campanhas de conscientização e a aplicação de inseticidas, por exemplo. “Têm prefeituras que não estão colaborando. Então, vamos fazer esse alerta e cobrar que eles notifiquem o estado, para que se possa ter esse retrato”, explicou Maluf.  

Figueiredo também destacou a importância dos dados para o monitoramento dos sorotipos do vírus circulando no estado, o que é fundamental para o controle e tratamento. “É criar uma ilusão dizer que lá não tem casos, então estamos fazendo uma força com os órgãos de controle para exigir a notificação.” 

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Além da falta de informação, Maluf alertou que o cenário é agravado pela troca de profissionais capacitados na área da Saúde.  “Neste ano, tivemos a transição de quase 50% de novos prefeitos e alguns deles insistem em querer trocar cargos que já estão capacitados. Isso é um problema, especialmente em um momento como esse, porque um servidor da Saúde leva anos para ser treinado”, destacou o conselheiro.

Conscientização e combate

Para o conselheiro, embora a epidemia seja previsível devido a sazonalidade das chuvas, o foco agora não é procurar culpados, mas buscar uma resposta estruturada do poder público. “Tivemos essa conversa para entender quais as providências que o Estado está tomando e o secretário anunciou uma campanha publicitária que será muito importante, porque o grande tratamento para essa situação é a prevenção”, afirmou.

Segundo o secretário, a situação exige, além do engajamento da população, já que 80% dos focos do mosquito está nas residências, o comprometimento dos gestores. “Os gestores precisam entender que esta é uma responsabilidade grande do Poder Público, especialmente municipal. Estamos falando de ações da atenção primária. O Estado assessora, orienta, e distribui os larvicidas, mas a força tarefa está na mão do município.” 

Infraestrutura hospitalar 

Outro tema discutido no encontro foi o acompanhamento das obras de infraestrutura hospitalar no estado, que deverá inaugurar diversas unidades neste ano. Diante disso, Maluf, que assumiu a relatoria das contas da Secretaria de Saúde, anunciou que o TCE-MT desenvolverá um cronograma de visitas técnicas aos hospitais em construção nos próximos meses.  

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“É óbvio que existem dificuldades, mas o primeiro passo foi dado no sentido de desenvolver esse programa de entregas dessas infraestruturas, porque os municípios não têm condição de apresentarem essas estruturas. O secretário se colocou à disposição para contribuir nessas verificações, o que é muito bom porque dá uma transparência muito grande ao processo”, explicou o conselheiro, que acrescentou que o estado passará por um “revolução na saúde”, com a construção de quatro novos hospitais regionais e a ampliação do Hospital Universitário, gerido pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

De acordo com Figueiredo, os investimentos vão descentralizar o atendimento e melhorar a assistência à saúde da população do interior. Neste contexto, também serão reforçadas as iniciativas para suprir a falta de especialistas no interior do estado, que apresenta um déficit de profissionais em diversas áreas médicas. “À medida que esses hospitais foram sendo inaugurados, os programas de residência vão ser ampliados de forma substancial para suprir essa deficiência que ainda temos com algumas especialidades”, concluiu.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: [email protected]

Fonte: TCE MT – MT

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TCE-MT reforça controle de políticas públicas e debate capacitação para fiscalização de recursos voltados à proteção das mulheres

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Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
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O conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, se reuniu com representantes da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica, por articulação da vereadora Marilda Giraldelli. Clique aqui para ampliar.

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, e representantes da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), debateram a realização de capacitação para fiscalização de orçamentos públicos destinados às políticas voltadas à proteção das mulheres. Durante reunião nesta segunda-feira (10), articulada pela vereadora por Cuiabá Marilda Giraldelli, o presidente também anunciou a inclusão de um ponto de controle na análise das contas anuais de governo, com foco na execução dessas políticas.

Para Sérgio Ricardo, a falta de recursos e de acessibilidade aos mecanismos de denúncia resulta no baixo número de casos registrados, o que dificulta a elaboração de um trabalho mais efetivo de combate à violência de gênero. “Temos que nos indignar e temos que conhecer os números. Nós fizemos uma auditoria sobre isso e o resultado foi decepcionante com relação à não execução de políticas para as mulheres.”

O presidente também destacou o potencial do trabalho conjunto. “É importante que todos estejamos juntos marchando para acabar com essa exclusão. Não existe uma política efetiva para evitar que a mulher seja morta, para evitar que Mato Grosso seja o campeão em feminicídios. Somos um estado rico, campeão na produção de soja e de carne, mas também somos campeões em feminicídio. Isso não combina.”

Na ocasião, a coordenadora regional da ABMCJ, Ana Emília Iponema Brasil Sotero, ressaltou a importância da capacitação das associadas para o monitoramento dos orçamentos, o que resultará na melhor aplicação de recursos públicos em ações efetivas para o setor. “É um momento propício, porque o Tribunal de Contas está imbuído na questão da verificação da violência doméstica familiar.” 

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Assessora técnica multidisciplinar na Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência do Poder Judiciário (Cemulher), ela defendeu ainda a necessidade de financiamento específico para estas políticas. “Estamos buscando uma capacitação para que a gente tenha esse entendimento sobre, por exemplo, quanto da LOA está sendo destinado às políticas para as mulheres de Mato Grosso”, acrescentou.

Responsável pela interlocução entre a Associação e o Tribunal, a vereadora por Cuiabá Marilda Giraldelli manifestou preocupação com a estrutura deficiente de atendimento às vítimas de violência doméstica. “Em todo o estado só existem oito delegacias para mulheres, das quais somente duas são especializadas. Então, viemos buscar ajuda do Tribunal para mudar essa realidade e temos certeza de que essa parceria dará certo.”

Na ocasião, a defensora pública Tânia Regina de Matos, que coordena a ABMCJ em Mato Grosso, explicou que a reunião foi motivada por um evento sobre orçamentos femininos organizado pela Defensoria Pública e pelo BNCJ, em 2023. “De lá para cá, nós nos interessamos mais sobre esse assunto. Nós entendemos que todas as mulheres que atuam nessa área precisam de um conhecimento sobre orçamento.”

Sérgio Ricardo também convidou as associadas da ABMCJ a participarem do Encontro Mato-grossense de Municípios, nos dias 18 e 19 de fevereiro. Com painéis e palestras voltados à fiscalização de recursos públicos, o evento trará à Cuiabá palestrantes de renome nacional e será o primeiro passo para aprofundar a qualificação das integrantes da Associação. 

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Inclusão de critério de controle nas contas municipais

 Durante o encontro, o presidente ainda anunciou que o TCE-MT incluirá um ponto de controle na análise das contas anuais de governo, que contribuirá com a verificação da execução de políticas voltadas à proteção das mulheres. Essa medida busca assegurar que os recursos sejam usados de forma efetiva, garantindo a redução dos índices de feminicídios do Estado, atualmente líder do ranking nacional.

“O Tribunal vai colocar um ponto de controle para saber o que os municípios e o que o estado vêm fazendo pelas mulheres. Quando formos julgar as contas, verificaremos se há delegacia especializada, se foi feito algum movimento para melhorar os índices, se houve dinheiro destinado, se o gestor foi atrás de recursos. Cada um vai ter que se adaptar e executar”, afirmou.

Vale destacar ainda que, nesta terça-feira (11), o TCE-MT apresentará relatório preliminar da auditoria operacional sobre a violência contra a mulher em Mato Grosso. A fiscalização, anunciada por Sérgio Ricardo em 2024, é conduzida pela 2ª Secretaria de Controle Externo (Secex), com apoio da Comissão Permanente de Segurança Pública, presidida pelo conselheiro Waldir Teis, que também é o relator do processo.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: [email protected]

Fonte: TCE MT – MT

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