Mato Grosso
Ciopaer homenageia personalidades que contribuem com missões aéreas da Segurança Pública
Como parte do aniversário de 18 anos, o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) concedeu, na noite desta quarta-feira (27.11), “Medalha de Aviação Mérito Águia Uno” a 47 personalidades civis e militares que contribuíram com as missões da unidade especializada da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
O evento aconteceu no hangar da unidade, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, e contou com as presenças da primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, dos secretários César Roveri e Laice Souza, de Segurança e Comunicação, respectivamente, da juíza do TJMT Célia Regina Vidotti, entre outras autoridades.
Este ano, a primeira dama Virgínia Mendes, que em 2023 foi homenageada com a medalha, recebeu a escultura da Águia, ave que simboliza a força operacional da unidade aérea de segurança pública.
Na abertura da solenidade, homenageados e demais participantes do evento assistiram um vídeo com depoimentos de integrantes do Ciopaer e cenas de atendimentos e operações aéreas de salvamento e resgate de vítimas.
“Sempre nos emocionamos assistindo ou ouvindo os depoimentos das nossas equipes. Sabemos o quanto todos estão comprometidos com esse trabalho”, disse o coordenador do Ciopaer, tenente-coronel Ernesto Lima Júnior.
Lima Júnior lembra que além de atuar em apoio às ações da segurança pública nas atividades de rotina, a unidade se soma às outras forças em operações especiais, como nas buscas aos criminosos que atacaram a cidade de Confresa (1.160 km de Cuiabá), em abril deste ano.
Somente em 2024, entre janeiro e outubro, o Ciopaer atuou em 586 operações policiais, 107 ocorrências de Bombeiros (transporte de equipes e materiais empregados no combate ao fogo), além do resgate de 24 pessoas que estavam isoladas ou correndo risco de morte em decorrência de acidentes e outros fatos.
Conforme Lima Júnior, a concessão da Medalha de Aviação é uma maneira de reconhecer a importância da contribuição profissional e do apoio e autoridades civis e militares nas atividades do Ciopaer.
“O Ciopaer agora é uma unidade maior de idade. Uma unidade com profissionais capacitados e a infraestrutura necessária que atender bem a comunidade. Atender com a eficiência cobrada pelo governador Mauro Mendes atuando integradas outras instituições públicas em várias frentes de trabalho”, destaca o secretário César Roveri.
Roveri observa que o Centro de Operações Aéreas serve à população mato-grossense em apoio às operações policiais e outras instituições públicas, como Corpo de Bombeiros e Secretaria Estadual de Saúde, essa última no transporte de vacinas, pacientes e órgãos para transplante.
A medalha é a maior honraria da aviação da Segurança Pública do Estado destinada a personalidades que contribuíram expressivamente para as atividades relacionadas ao Ciopaer. Desde que foi instituída, em 3 de agosto de 2016, por meio do decreto 656, mais de 250 homenagens foram prestadas. Nesta 8ª edição, foram condecorados aqueles que atuaram em parceria com o Ciopaer ao longo do ano de 2023.
Confira a lista dos homenageados:
1. Secretária De Estado de Comunicação Laice Souza
2. Cel PM Fernando Augustinho De Oliveira Galindo
3. Cel BM Josiel Borges Da Silva
4. Juíza Célia Regina Vidotti
5. Ten Cel PM Alessandro Gonçalves Guimarães Ferreira
6. Ten Cel PM Jean Carlo Holz
7. Ten Cel PM Andrei Cesar Menin
8. Ten Cel PM Fábio Alves Ribeiro
9. Ten Cel PM Romário Moreira Dos Santos
10. Ten Cel BM Fernando Duarte Santana
11. Ten Cel PM Patrícia Marina Da Silva Santos
12. Ten Cel BM Aline Regina Novacki
13. Secretária Adjunta De Ação Governamental Claudia Cristina Ferraz De Sousa
14. Delegado Giuliano Bertucini
15. Delegado Wagner Bassi Junior
16. Delegado Juliano Silva De Carvalho
17. Delegado Da Polícia Federal Otávio José Lima De Oliveira
18. Maj PM Alexsandro Marcondes Freitag
19. Maj PM Luis Claudio Loiola Nunes
20. Maj PM Igor Pires Fernandes
21. Cap PM Wilma Wellen Camilo Fernandes
22. Cap BM Lucas Moraes Callegário
23. Cap PM Vicente Braz De Araújo
24. Sub Ten PM Roberto Santa
25. Sgt PM Lorraine De Pinho Ortega
26. Sgt PM Hegberto Damião Da Silva Cruz
27. Sgt PM Jair Ramos E Silva
28. Sgt PM Gilvan Nunes De Faria
29. Sgt PM Klebson Gomes Haagsma
30. Sgt PM Eros Rogerio Barros Araújo
31. Inv PJC Daniel Pereira Duarte
32. Tais Augusta De Paula –
33. Junior Cuiabano
34. Cleitiane Laura Dias Ascari
35. Juliana Elizabeth Da Silva Viana
36. Michelle Oliveira Almeida Lourenço Barbosa
37. Tássia Pegoraro
38. Leandro Trindade
39. Adão Rodrigues Oliveira
40. Anita Ricarda Da Silva
41. José Airton Vasconcelos De Araújo
42. José Carlos Moura
43. Gilvano De Ávila
44. Tiago Tonello
45. Frank Sumiyoshi
46. Gislene Santos Oliveira De Abreu
47. Mariana Morais de Barros
Fonte: Governo MT – MT
Ministério Público MT
Audiência Pública do MPMT ouve pessoas em situação de rua em Cuiabá
“Nós não somos lixo”. “Somos moradores de rua, não somos pó da rua”. “Um morador de rua não é um farrapo humano, ele é um ser humano”. “Olhem para nós com o olho do coração, com amor e carinho”. “Nada justifica a violência”. “Moradores de rua levam coro da polícia de manhã e do comando de tarde”. “Nós só temos vocês”. “Não tenham medo, aqui estamos acolhidos”. “Graças a Deus, a todos nós e a vocês que têm essa audiência pública para nos ouvir”. “Não está fácil para resolver, mas também não está difícil”. “Existe sim uma porta de liberdade e uma oportunidade de sair da rua”. “A igreja ajuda, mas nós precisamos da ajuda de psicólogos”.Essas manifestações, carregadas de apelo e denúncia, são de pessoas em situação de rua que participaram da audiência pública híbrida “Escuta Social com a finalidade de construção da Política de Proteção das Pessoas em Situação de Rua de Cuiabá-MT”, na tarde de quinta-feira (6), na Sede das Promotorias de Justiça da Capital. A consulta reuniu pessoas atendidas pela Associação Terapêutica, Ambiental e Acolhimento Paraíso (ATAAP), pela Unidade de Acolhimento da Guia e pela Unidade de Acolhimento do Porto.Promovida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio da 25ª Promotoria de Justiça Cível da Capital, em parceria com o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua (Ciamp Rua-Cuiabá), a audiência teve como principal objetivo promover a escuta social qualificada das pessoas em situação de rua de Cuiabá e demais atores da sociedade. O intuito é coletar informações junto à sociedade civil e ao poder público que subsidiem os trabalhos do grupo de trabalho composto para fomentar a criação do plano de ação relacionado à execução da política pública de proteção, em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o MPMT e a Prefeitura de Cuiabá no início deste ano.A audiência pública foi presidida pelo promotor de Justiça Henrique Schneider Neto. As manifestações foram organizadas em eixos, iniciando-se pelas Pessoas em Situação de Rua e, posteriormente, pelos representantes de órgãos públicos e demais instituições. O evento foi transmitido ao vivo pela plataforma Microsoft Teams e pelo canal oficial do Ministério Público de Mato Grosso no YouTube (assista aqui).Antes do início da audiência, a escritora Luciene de Carvalho, presidente da Academia Mato-grossense de Letras, realizou uma intervenção comovente. “Peço licença para trazer a arte, mas não uma arte que fala sobre o tema, mas uma arte que nasceu do tema. Por 16 anos eu andei pelas ruas por conta de dependência química, por conta de bipolaridade, conheci a dor da rua, a dor da droga, a dor da ausência de endereço e eu acredito na arte como caminho de reconstrução. Cada vez que eu olho uma pessoa na rua eu vejo um espelho”, afirmou.Na abertura, Henrique Schneider Neto considerou o momento como emblemático, marcado pela abertura de um espaço de diálogo e construção coletiva de uma política pública inédita voltada à população em situação de rua. Ele enfatizou que o ambiente é de escuta, respeito e ação concreta, livre de ideologias, e que cada participante tem um papel essencial na construção de um futuro mais justo. Para o promotor, a reunião representa um passo importante rumo à efetivação dos direitos humanos, com a esperança de que Cuiabá se torne referência nacional nesse processo.“Esse é um dia histórico. Estamos na casa do Ministério Público, Instituto da Cidadania da Constituição de 1988, celebrando a possibilidade de construir uma política pública inédita para o nosso estado, quiçá para todo o país, com o objetivo de efetivar os direitos humanos fundamentais da população em situação de rua”, sustentou.Na sequência, durante o eixo 1, pessoas em situação de rua e com trajetória de rua compartilharam suas experiências de vida, traumas, vícios, e a falta de acesso efetivo a direitos como moradia, saúde e segurança, criticando a violência policial e a precariedade dos serviços de acolhimento. Representantes do Movimento Nacional Pop Rua em Mato Grosso falaram sobre a necessidade urgente de políticas intersetoriais, a importância da lei municipal proposta para garantir financiamento e moradia, e o papel das defensorias e do Ministério Público na fiscalização e proteção contra a violência e desumanização.Rúbia Cristina de Jesus, coordenadora do Movimento Nacional da População em Situação de Rua em Mato Grosso, ressaltou a importância da audiência pública como espaço de escuta e reconhecimento. Ela lembrou que também esteve em situação de rua por muitos anos, sem documentos e sem saber que tinha direitos. Emocionada, afirmou que “é muito importante ser ouvida”. Para ela, estar em um espaço público como a Sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá representa uma conquista e um avanço na luta por dignidade.Quem também agradeceu pela realização da escuta social foi Franciele Costa Mateus, militante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua em Mato Grosso. Compartilhou a emoção de estar naquele espaço e refletiu sobre o papel da assistência social, que, segundo ela, atua como uma mãe para a população em situação de rua. Franciele destacou que, embora várias secretarias participem das reuniões, é a assistência social quem realmente se compromete com essa causa.O também militante do movimento Paulo César dos Santos agradeceu pela oportunidade de participar da audiência pública. Ele destacou a importância do acolhimento e da escuta, afirmando que nunca imaginou estar em um espaço institucional vestido de forma simples, com “bermuda e chinelão”, sem ser excluído por isso. Paulo relatou a luta pessoal contra as drogas, celebrando 11 meses de sobriedade, e criticou a precariedade da saúde pública para pessoas em situação de rua.O segundo eixo das manifestações, voltado a representantes de órgãos públicos e demais instituições, foi aberto pelo coordenador do Ciamp Rua-Cuiabá, Luiz Philipe Belarmino Reis, que apresentou a minuta da Política Municipal da População em Situação de Rua. A medida busca transformar a política municipal, atualmente vista como “falida” por apenas manter a população na rua, em uma política que realmente tenha a superação da situação de rua como seu horizonte. A proposta enfatiza a necessidade de orçamento e articulação intersetorial para que a assistência social não seja a única responsável pelas demandas, mas sim um agente de encaminhamento e articulação com as políticas de Saúde, Habitação, Trabalho e Educação.Segundo o expositor, a política é considerada vital para garantir os direitos fundamentais e a dignidade dessa população. Ela é organizada em eixos centrais, garantindo que as necessidades diversas da população em situação de rua sejam abordadas por diferentes secretarias: Moradia, Saúde, Educação, Profissionalização, Acesso à Renda e Trabalho, Segurança Alimentar e Nutricional/Alimentação e Assistência Social.Bianca Botter Zanardi, procuradora-chefe judicial da Procuradoria-Geral do Município de Cuiabá, destacou que o município tem atuado de forma integrada com diversas secretarias para construir uma política pública. Ela explicou que um grupo de trabalho foi formado com apoio do Ministério Público, envolvendo áreas como assistência social, saúde, habitação, ordem pública e segurança, com o objetivo de realizar um diagnóstico e levantar demandas reais da população. Bianca ainda ressaltou que a escuta social é essencial para definir prioridades e garantir que as ações sejam eficazes e alinhadas às necessidades reais.O defensor público da União Renan Vinicius Sotto Mayor de Oliveira, parabenizou o Ministério Público e ressaltou a importância de ouvir a população em situação de rua para propor medidas estruturais, criticando a elaboração de soluções apenas em gabinetes. Ele destacou a necessidade central de incluir essa população no orçamento e apontou a falta de políticas de habitação específicas, ressaltando que a moradia deve ser a centralidade da política. Por fim, enfatizou a necessidade urgente de atuação do Ministério Público no controle externo da atividade policial para coibir a violência contra essa população.A defensora pública estadual Jacqueline Gevizier Rodrigues Ciscato explicou que a Defensoria Pública do Estado (DPEMT) atua principalmente na fiscalização, cobrança judicial e no apoio direto à população em situação de rua, por meio de uma abordagem intersetorial. Ela revelou que por intermédio da DPEMT o Governo do Estado disponibilizou uma lista de escolas estaduais ociosas para que a Prefeitura de Cuiabá escolha uma para adaptar e transferir a Casa de Acolhimento do Porto, que está em situação precária, e também reforçou a necessidade de controle externo da atividade policial pelo Ministério Público.Para encerrar, o procurador de Justiça José Antônio Borges Pereira, titular da Especializada na Defesa da Cidadania, Consumidor, Direitos Humanos, Minorias, Segurança Alimentar e Estado Laico, reafirmou a abertura do Ministério Público a toda a população. Ele classificou a população em situação de rua como uma minoria que precisa de um olhar atento de políticas públicas, apesar de o processo de mudança ser lento, como foi em sua experiência com as casas-lares para crianças.O procurador defendeu que a solução passa por políticas públicas com investimento, mencionando que em Cuiabá a escola ociosa pode ser transformada em uma nova unidade de acolhimento com poucos recursos. Por fim, fez um forte apelo ao controle externo da atividade policial como uma questão que o Ministério Público nunca enfrentou de forma efetiva e que precisa ser discutida urgentemente para proteger a população de rua da violência.“O Ministério Público, ao abrir as portas para a população em situação de rua, está dizendo que ela tem um defensor. Esses cidadãos, apesar da situação de vida, têm o respeito como cidadãos e a garantia do Ministério Público de buscar políticas públicas para eles, seja para quem deseja permanecer na rua, seja para quem quer sair dessa condição, mas sem perder sua dignidade, estando dentro de uma casa ou na rua”, finalizou.Números – Uma pesquisa de âmbito nacional realizada pela UFMG e publicada em 3 de janeiro de 2025, aponta que Cuiabá tem aproximadamente 1.238 pessoas em situação de rua. Mato Grosso aparece em 13º lugar no ranking nacional, com pouco mais de 3 mil pessoas nessa condição.
Fonte: Ministério Público MT – MT
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