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ECONOMIA

Apesar do aumento da intolerância, mercado de artigos afro-religiosos expande em MT

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Mesmo diante dos crescentes casos de intolerância religiosa no país, o mercado de artigos religiosos para religiões afro-brasileiras cresce em Mato Grosso. Para vencer os desafios, empreendedores precisam adotar estratégias incomuns para outros tipos de negócios, como camuflar os produtos na hora da entrega. No entanto, há violências para as quais a única estratégia tem sido a resistência e a persistência.

“Já tivemos situações em que não conseguimos alugar um espaço para a loja porque a pessoa parou de se comunicar ao saber que seria para vender artigos religiosos. Também já houve entregador que se recusou a levar o pedido, afirmando que era incompatível com sua religião”, relata o empresário Bruno Cesar, que junto com sua mulher, Karla Vanessa, e seus pais Paulo Teixeira e Alessandra Lourenço, são sócios da loja Casa do Santo.

“Já tivemos pedras atiradas contra a fachada de uma de nossas lojas. Também já adaptamos até a embalagem dos produtos, para garantir discrição e segurança a muitos clientes que não podem expressar sua fé de forma pública”, conta Karla Vanessa.

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Ainda assim, a empresa segue crescendo. O que começou como um pequeno negócio online em 2020, durante a pandemia, tornou-se uma potência no setor. Pouco tempo depois de inaugurarem a primeira loja física no bairro Dom Aquino, em novembro de 2020, já fizeram expansão em julho de 2021. No mesmo período, os empreendedores deram início à fábrica de velas em atendimento à demanda pelo produto mais procurado pelos clientes.

Em 2022, o agora Grupo Casa do Santo ganhou reforço, os pais de Bruno, Paulo Teixeira e Alessandra Lourenço, tornaram-se sócios e hoje também fazem parte da administração dos empreendimentos, que já geram 17 empregos diretos.

No ano seguinte, em 2023, o negócio passou por nova expansão, com inauguração de mais duas lojas, uma no bairro do Porto e outra no CPA. A demanda pelas velas também aumentou, e a fábrica ganhou um novo endereço, com espaço mais amplo e com maior capacidade de produção.

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Hoje, a loja tem 22 mil seguidores no Instagram e alcança clientes em todo o Brasil e até no exterior, com pedidos para Argentina, Portugal, México e Estados Unidos. A fábrica de velas já produz mais de 300 tipos diferentes, e além de abastecer as três lojas, fornece para outras lojas de artigos religiosos no Estado e começará a abastecer supermercados.

Mesmo diante dos desafios impostos pela intolerância, Bruno acredita na normalização da fé de matriz africana e no fortalecimento do mercado. “Antigamente, os terreiros eram escondidos nos fundos das casas. Hoje, começam a ocupar a frente. O mesmo acontece com as lojas de artigos religiosos. A Casa do Santo está crescendo e seguirá de portas abertas para atender quem precisa”, afirma Bruno.

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Economia

Banco Central muda regras do Pix para garantir mais segurança

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O Banco Central (BC) alterou o regulamento do Pix para excluir chaves de pessoas e de empresas cuja situação não esteja regular na Receita Federal. Segundo a autoridade monetária, a medida visa aprimorar a segurança das transações e impedir a aplicação de golpes via Pix, utilizando nomes diferentes daqueles armazenados na base de dados da Receita Federal.

A norma, publicada nesta quinta-feira (6), determina que CPF com situação cadastral “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nula” não poderá ter chave Pix registrada na base de dados do BC.

No caso das empresas, o CNPJ com situação cadastral “suspensa”, “inapta”, “baixada” e “nula” também não poderá ter chaves Pix registradas na base de dados do BC.

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O BC ressalta que a inconformidade de CPF e CNPJ que restringirá o uso do Pix não tem relação com o pagamento de tributos, mas apenas com a identificação cadastral do titular do registro na Receita Federal.

Segundo o Banco Central, as mudanças visam exigir que as instituições financeiras e instituições de pagamento participantes do Pix “garantam que os nomes das pessoas e das empresas vinculadas às chaves Pix estejam em conformidade com os nomes registrados nas bases de CPF e de CNPJ da Receita Federal.”

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Ainda de acordo com o BC, a verificação de conformidade deverá ser efetuada sempre que houver uma operação envolvendo uma chave Pix, como um registro, uma alteração de informações, uma portabilidade ou uma reivindicação de posse.

“Com as novas medidas, será mais difícil para os golpistas manterem chaves Pix com nomes diferentes daqueles armazenados nas bases da Receita Federal. Para garantir que os participantes do Pix cumpram as novas regras, o BC irá monitorar periodicamente a conduta dos participantes, podendo aplicar penalidades para aquelas instituições que apresentem falhas nesse processo”, informou a autoridade monetária.

O BC informou ainda que atuará ativamente para detectar chaves Pix com nomes diferentes do registrado na Receita, para garantir que os participantes excluam ou ajustem essas chaves.

A nova regulamentação também proíbe a alteração de informações vinculadas a chaves aleatórias e a reivindicação de posse de chaves do tipo e-mail.

“Pessoas e empresas que usam chaves aleatórias e que queiram alterar alguma informação vinculada a essa chave não poderão mais fazê-lo. A partir de agora, deve-se excluir a chave aleatória e criar uma nova chave aleatória, com as novas informações”, explicou o BC.

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Ainda de acordo com o BC, as chaves do tipo e-mail não poderão mais mudar de dono. Com isso, pessoas e empresas que queiram reivindicar a posse de um e-mail também não poderão mais fazê-lo.

Apenas chaves do tipo celular continuam a ter acesso a essa funcionalidade, para permitir que números de celular pré-pago, que podem mudar de dono, também possam mudar de dono quando registradas como chave Pix.

Devolução

O BC informou ainda que liberou a realização de devolução de qualquer valor em dispositivos de acesso não cadastrados. De acordo com a instituição, a medida aprovada em novembro do ano passado, e que restringiu as transações Pix em dispositivos de acesso não cadastrados no valor de até R$ 200 estava impedindo que transações de devolução de boa-fé iniciadas pelo próprio recebedor pudessem ser feitas a partir de dispositivos não-cadastrados.

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