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LÉLIA BRUN

Nós, mulheres, somos empreendedoras por natureza

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A mulher brasileira ainda enfrenta um cenário desigual de renda e oportunidades. Segundo levantamento divulgado pelo Governo Federal, os salários pagos são 19% menores aos dos homens. Essa diferença ainda se acentua quando tratamos de cargos de liderança ou gerência, podendo chegar a 25%. São números lamentáveis e que só trazem prejuízos para a sociedade, principalmente às mulheres que são chefes de família e provedoras do próprio lar.

Além desta dura realidade, outros obstáculos ainda nos impedem de avançar: dificuldades de ascensão na carreira, jornadas fora do comum e responsabilidades extras que só são atribuídas a nós por sermos mulheres, o que eu considero reflexo de uma cultura repleta de estigmas.

Resultados obtidos por uma pesquisa feita pelo Sebrae Mato Grosso nos mostram que mais de 10 milhões de mulheres são empreendedoras no Brasil, sendo 188 mil só aqui no nosso Estado, representando 40% do total de empreendedores. A maior parte destas mulheres são mães e chefes de família. A mulher por essência é líder, provedora e protetora, adjetivos que comprovam que somos empreendedoras por natureza.

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Neste 8 de Março, quando celebramos o ‘Dia Internacional da Mulher’, a data também deve ser utilizada como um momento de reflexão e debate sobre o que ainda nos causa tantas desigualdades. Procuro transformar minhas preocupações em estímulo ao pensar sobre possibilidades de mudanças e transformações dessa realidade.

Tanto que, desde quando assumi o cargo de diretora-superintendente do Sebrae Mato Grosso, coloquei como prioridade na minha atuação, o incentivo ao empreendedorismo feminino, pois acredito no papel protagonista da mulher e na igualdade de gênero.

A equipe do Sebrae Mato Grosso atua incansavelmente para que possamos trazer resultados positivos, por meio dos programas voltados ao empreendedorismo feminino. Nesse desafio, já impactamos positivamente a vida de mais de 15 mil mulheres com o programa ‘Sebrae Delas’, de encontros promovidos pelo ‘Entre Elas’ e pelo nosso programa ‘Força Mulher’, que atende vítimas de algum tipo de violência que precisam recomeçar, de forma independente, no mercado de trabalho.

E a nossa dedicação vai para muito além das ações externas. No Sebrae Mato Grosso, temos o propósito de valorizar a presença de mulheres na instituição. Podemos dizer, com muito orgulho, que hoje somos 180 mulheres colaboradoras, de um total de 284 funcionários. E, nos cargos de liderança, 52% deles estão ocupados por mulheres. Aqui, no Sebrae/MT, adotamos a política de igualdade salarial entre homens e mulheres e fazemos questão de oferecer benefícios que possam apoiar as colaboradoras mães, como o auxílio-creche e licença maternidade estendida.

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Esta é a nossa marca: promover o empreendedorismo, respeitando a igualdade de gênero, a inclusão e o respeito a toda as pessoas. Nossa luta está viva e forte, ao lado de grandes parceiros, com os quais sonhamos, idealizamos e fazemos conexões na busca de um mundo melhor, um mundo também mulher!

Lélia Brun, diretora-superintendente do Sebrae/MT

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Princípios do empoderamento feminino

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No mês que se comemora o dia internacional da mulher é importante fazer uma reflexão sobre a participação das mulheres em todos os setores da economia do nosso país. O empoderamento feminino é um conceito fundamental promovido pela ONU, que busca garantir que mulheres e meninas tenham igualdade de oportunidades e direitos em todas as esferas da vida. Os princípios do empoderamento feminino incluem:

Igualdade de Gênero; Participação e Liderança; Educação e Capacitação; Direitos Humanos e Acesso a Recursos. Esses princípios visam criar um mundo mais justo e igualitário, onde todas as mulheres possam prosperar e contribuir plenamente para a sociedade. Os princípios também consideram os interesses dos governos e da sociedade civil e apoiam as interações com as partes interessadas, uma vez que alcançar a igualdade de gênero requer a participação de todos e todas.

A equidade de gênero está presente na Agenda 2030 da ONU, e é o 5º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável. Com o passar dos anos, se tem visto muitas mulheres progredindo, alcançando lugares de liderança, tanto no setor privado como no setor público, no entanto, apesar dos progressos, as mulheres continuam a enfrentar a discriminação, marginalização e exclusão, ainda que a igualdade entre homens e mulheres seja um preceito internacional universal, um direito humano fundamental e inviolável.

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Muitos países, desenvolvem políticas de equidade de gênero, no entanto ainda não se atingiu participação equilibrada das mulheres nos postos de trabalhos, que pode ser, por exemplo, desde o chão de fábrica até sua alta gestão. A ONG americana Catalyst, que desenvolve diferentes frentes de trabalho em prol da criação de ambientes de trabalho inclusivos para homens e mulheres, aponta o impacto positivo que a presença de mulheres na alta liderança pode gerar nos resultados de negócios.

Para que alcancemos essa equidade governantes devem criar planos nacionais de desenvolvimento econômico com ações estratégicas para a igualdade de gênero. Ainda se tem muitos desafios a enfrentar, de acordo com a Bain & Company, as mulheres representam, apenas 2 % dos presidentes das 250 maiores empresas brasileira; de acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, as mulheres são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos, e a dedicação semanal para este trabalho é de cerca de 25 horas contra a média dos homens que é de 10 horas semanais.

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Dados do IBGE apontam que a média salarial feminina é de 74,5% da média salarial masculina, e quando se estuda as mulheres negras, 21% ocupam cargos de menor remuneração, tal como empregadas domésticas. Além de todos esses desafios enfrentados, as mulheres precisam conciliar a carreira com o cuidado com a família, o que acontece em menor porcentagem com os homens.

Portanto o empoderamento feminino é uma prática essencial para apoiar a luta das mulheres no mercado de trabalho, combatendo preconceito e promovendo a equidade de gênero. Ainda que haja um crescimento positivo sobre o temo, como o aumento da diversidade e do posicionamento das mulheres, sabe-se que o caminho ainda é longo.

Sheila Klener é engenheira, geóloga e servidora Pública.

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