Pesquisar
Close this search box.
CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

Agronegócio

Senado discute projeto que autoriza o governo brasileiro a retaliar contra Trump

Publicado em

O Senado Federal está prestes a votar um projeto de lei que autoriza o governo brasileiro a adotar medidas de retaliação contra países ou blocos econômicos que imponham barreiras comerciais prejudiciais às exportações nacionais. A proposta, de relatoria de uma senadora do Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina, visa criar mecanismos legais para proteger a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

A iniciativa ganhou urgência após os Estados Unidos implementarem (entraram em vigor ontem, 12 de março), tarifas adicionais de 25% sobre as importações de aço e alumínio provenientes de diversos países, incluindo o Brasil. Essas medidas, justificadas pela administração norte-americana como necessárias para proteger a indústria doméstica, afetam significativamente as exportações brasileiras desses metais.

Em resposta, o governo brasileiro optou por não retaliar imediatamente. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil buscará negociar com os Estados Unidos antes de recorrer a instâncias como a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Isan Rezende

O projeto de lei em tramitação no Senado pretende dotar o Brasil de instrumentos legais para suspender concessões comerciais, investimentos e direitos de propriedade intelectual de países que adotem medidas prejudiciais ao agronegócio nacional. A proposta também visa permitir contramedidas proporcionais contra exigências ambientais excessivas que afetem as exportações brasileiras.

Leia Também:  Brasil já é o segundo maior confinador de gado do mundo

Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), destaca a importância de o Brasil estar preparado para defender seus interesses comerciais: “É fundamental que tenhamos mecanismos legais que nos permitam responder de forma adequada a barreiras comerciais injustas, garantindo a competitividade de nossos produtos no mercado internacional”.

“As tarifas sobre o aço e o alumínio impactam diretamente os custos de produção no agronegócio, elevando os preços de máquinas, equipamentos e estruturas essenciais para a atividade rural. Esse aumento reduz a competitividade do setor, dificultando investimentos e a modernização das operações agrícolas”, explicou.

“Além do impacto direto nos custos, essas tarifas afetam a balança comercial do agronegócio, pois criam barreiras para a exportação de produtos brasileiros ao mercado norte-americano. O setor precisa de previsibilidade e políticas que favoreçam a competitividade, evitando prejuízos para produtores que já enfrentam desafios como oscilações cambiais e custos logísticos elevados”, disse Rezende.

A expectativa é que o projeto seja votado nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e do Meio Ambiente (CMA) já na próxima semana, conforme acordo com a presidência do Senado.

Leia Também:  Embrapa pesquisa tipos de requeijão preferidos dos brasileiros

A aprovação antes de 2 de abril é considerada estratégica, data em que os Estados Unidos planejam aplicar novas “tarifas recíprocas” no comércio internacional, potencialmente afetando produtos brasileiros como o etanol.

A adoção de medidas de reciprocidade é vista como essencial para proteger o agronegócio brasileiro, setor vital para a economia nacional, diante de um cenário global de crescente protecionismo e disputas comerciais.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Agronegócio

Cepea aponta alta nos preços do feijão-carioca de qualidade devido à oferta limitada

Published

on

Os preços do feijão-carioca de alta qualidade seguem em trajetória de valorização, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A demanda das empacotadoras para recomposição de estoques, aliada à escassez de grãos com padrão superior, tem mantido os produtores firmes nas negociações, apostando em novas altas.

A oferta reduzida é um dos principais fatores que sustentam essa tendência. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024/25 de feijão deve alcançar 3,3 milhões de toneladas, um crescimento de 1,5% em relação ao ciclo anterior.

No entanto, a qualidade dos grãos tem variado, e lotes de padrão superior estão concentrados em regiões como Santa Catarina e Rio Grande do Sul ou armazenados em câmaras frias, o que restringe a disponibilidade imediata no mercado.

No cenário das exportações, os embarques atingiram 14,9 mil toneladas em fevereiro, o maior volume para o mês desde 1997, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Apesar disso, houve uma queda de 61% em relação a janeiro, reflexo da menor disponibilidade do produto para exportação. No acumulado de 12 meses, porém, as vendas externas seguem crescendo, totalizando 388,21 mil toneladas.

Leia Também:  Brasil já é o segundo maior confinador de gado do mundo

A colheita da primeira safra de feijão já avançou significativamente no país. Dados da Conab indicam que, até o dia 16 de março, 61,8% da área plantada já havia sido colhida. A expectativa agora é pela entrada da segunda safra, que pode trazer mudanças no mercado, dependendo da oferta e da qualidade dos grãos colhidos. Enquanto isso, a demanda firme e os estoques ajustados sustentam os preços elevados para o feijão-carioca de alta qualidade.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA