Agronegócio
Primeira frente fria do ano impacta a agricultura em diversas regiões

A chegada da primeira frente fria de 2025 trouxe mudanças climáticas significativas em várias regiões do Brasil, afetando diretamente a produção agrícola. Estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás registraram quedas acentuadas de temperatura e ocorrência de geadas, comprometendo culturas essenciais para o agronegócio nacional.
No Mato Grosso do Sul, conforme já relatado, a capital Campo Grande e outras áreas enfrentaram temperaturas mínimas entre 16°C e 18°C, com máximas variando de 23°C a 29°C. Além disso, houve registro de ventos fortes e chuvas isoladas, condições que podem impactar negativamente as lavouras locais.
Em São Paulo, a frente fria provocou chuvas intensas e queda nas temperaturas em diversas regiões do estado. Municípios como Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto foram alertados sobre a possibilidade de temporais severos, com rajadas de vento entre 40 e 50 km/h. Essas condições adversas representam riscos para as culturas em desenvolvimento e podem causar danos estruturais nas propriedades rurais.
No Paraná, as baixas temperaturas e a ocorrência de geadas colocaram em risco a produção de trigo, cultura típica de inverno. Embora o trigo seja resistente ao frio, temperaturas extremas podem comprometer o desenvolvimento das plantas, especialmente nas fases iniciais de crescimento.
Minas Gerais, maior produtor de café do país, também sofreu com as geadas. Estima-se que entre 30% e 35% das lavouras de café foram afetadas, o que pode resultar em uma redução significativa na próxima safra. O governo federal disponibilizou linhas de crédito para auxiliar os produtores na recuperação das plantações danificadas.
Em Goiás, as condições climáticas adversas, incluindo restrição hídrica e baixas temperaturas, afetaram negativamente a produção de trigo. A combinação de seca e frio intenso comprometeu o desenvolvimento das lavouras, levando a uma expectativa de redução na colheita.
Diante desse cenário, é fundamental que os produtores rurais adotem medidas preventivas para minimizar os impactos das condições climáticas adversas. Monitoramento constante das previsões do tempo, uso de técnicas de manejo adequadas e busca por assistência técnica especializada são ações essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas no agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro

Agronegócio
A urgente necessidade de um Plano Safra comprometido com a realidade do campo

Em um contexto de incertezas climáticas, alta nos custos de produção e queda nos preços das commodities, o agronegócio brasileiro enfrenta desafios gigantescos. Recentemente, a deputada federal cuiabana, Rúbia Fernanda Diniz Robson Santos de Siqueira, mais conhecida como Coronel Fernanda (foto), publicou um importante artigo no site da Câmara dos Deputados, no qual denuncia a situação de abandono em que se encontram os produtores rurais do Brasil. No texto, ela destaca a importância do setor agropecuário para a economia nacional, afirmando que “o Brasil que dá certo começa no campo”, mas que, infelizmente, o que se observa hoje é um cenário de desamparo por parte das políticas públicas. O que ela descreve, Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), endossa completamente.
Conforme apontado pela deputada, o Plano Safra deveria ser uma política robusta de apoio ao campo, mas se transformou em uma plataforma de discursos ideológicos, sem compromisso real com a realidade do agro brasileiro. Rezende concorda com essa análise, afirmando que “o Plano Safra, tal como está, não oferece segurança ou suporte ao produtor rural, e é exatamente essa falta de apoio que coloca em risco a sustentabilidade da nossa produção agrícola”.
A situação do seguro rural, outro ponto mencionado pela deputada, é um exemplo claro dessa falha do governo. Como ela bem coloca, a “falta de recursos para o seguro rural é uma tragédia anunciada”, e isso só agrava os riscos enfrentados pelos produtores. Rezende reforça essa preocupação, destacando que o pequeno e médio produtor, que já não tem acesso às grandes estruturas financeiras ou ao capital estrangeiro, acaba sendo o mais prejudicado. “Sem um seguro adequado, sem crédito acessível, o produtor está à mercê de fatores que estão fora do seu controle, como as condições climáticas e as flutuações de mercado”, observa Rezende.

Isan Rezende, presidente do IA
Outro ponto importante citado pela deputada é a insistência do governo em empurrar o agronegócio para o mercado de capitais, com soluções que, embora funcionem em nichos específicos, não atendem à grande maioria dos produtores brasileiros. Coronel Fernanda critica o que chamou de “financeirização do campo”, uma estratégia que pode agradar a investidores internacionais, mas que não resolve os problemas concretos das regiões produtoras do Brasil, que lidam com seca, excesso de chuvas, pragas e falta de infraestrutura básica. Rezende, compartilhando dessa crítica, acrescenta: “A realidade do produtor rural brasileiro é bem diferente da visão que o governo tem do setor. A financeirização do campo pode ser uma solução para alguns, mas não resolve os problemas de quem está na linha de frente da produção”.
Além disso, a questão da segurança jurídica, outro ponto levantado por Rúbia Fernanda, é essencial para garantir a estabilidade do setor. Ameaças de novas demarcações, morosidade na regularização fundiária e a imposição de moratórias sem diálogo apenas ampliam a incerteza no campo, afastando investimentos. “A falta de uma segurança jurídica clara é um dos maiores obstáculos para o crescimento do agronegócio”, aponta Rezende. “Sem um ambiente estável e previsível, o setor não pode se expandir de forma sustentável”, completa.
Isan Rezende também concorda com a deputada no que se refere à necessidade de uma reforma no Plano Safra 2025/2026. O plano precisa ser mais do que uma “peça publicitária”, como menciona Fernanda, para agradar a organismos multilaterais. O presidente do IA reforça que “o agro não é vilão. Pelo contrário, é o herói da economia nacional”. Ele destaca que é preciso tratar o produtor rural com o respeito e a seriedade que ele merece, criando políticas públicas que o enxerguem como parceiro e não como inimigo.
No final de seu artigo, a deputada Coronel Fernanda deixa claro que “o campo pede socorro”. E Isan Rezende faz um chamado similar: “É hora de parar de brincar com o futuro do Brasil. O agronegócio não pode continuar sendo tratado com indiferença. O campo exige políticas públicas que realmente apoiem o produtor rural brasileiro”.
O presidente do IA conclui com um alerta: “O agronegócio brasileiro está pronto para continuar a sua contribuição para o país, mas para isso, precisa de um Plano Safra que ofereça crédito acessível, seguro rural fortalecido e, acima de tudo, segurança jurídica. Só assim conseguiremos enfrentar os desafios e continuar sendo a potência agrícola que o Brasil precisa ser”.
Fonte: Pensar Agro
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