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Agronegócio

Preços do milho seguem em alta, mesmo com safra recorde prevista

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Os preços do milho no Brasil continuam em alta, mesmo com a expectativa de uma safra recorde em 2024/25. O indicador Cepea/Esalq-USP, referência para o mercado, registrou R$ 87,00 por saca de 60 kg no final de fevereiro, impulsionado por estoques reduzidos e forte demanda interna. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os estoques de passagem encerraram janeiro em 2,1 milhões de toneladas, uma queda expressiva de 70% em relação ao ano anterior.

Mesmo com a colheita da safra de verão em andamento ( no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e partes do Centro-Oeste), a oferta interna permanece limitada, e a demanda por milho segue aquecida, tanto para alimentação quanto para a produção de etanol. As estimativas apontam para uma produção nacional de 126 milhões de toneladas em 2024/25, um avanço de 3,3% sobre a safra anterior, com um crescimento de 3,7% na área plantada, que deve alcançar 22,3 milhões de hectares.

Com isso, as exportações podem chegar a 46 milhões de toneladas, um aumento de 16%, enquanto o consumo doméstico deve atingir 87,5 milhões de toneladas, puxado pela demanda da indústria de etanol, que pode crescer 20% e alcançar 20,9 milhões de toneladas.

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No cenário internacional, a produção argentina está projetada em 50 milhões de toneladas, mas pode ser afetada por condições climáticas adversas. Já os Estados Unidos devem colher 377,6 milhões de toneladas, 3% a menos que no ciclo anterior. A queda nas importações da China, que podem recuar 57%, e a possível normalização dos embarques do Mar Negro são fatores que podem influenciar a dinâmica global do mercado de milho nos próximos meses.

Fonte: Pensar Agro

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Embate entre ciência e política expõe riscos para produção avícola mundial

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A crise sanitária provocada pela gripe aviária altamente patogênica (HPAI) nos Estados Unidos reacendeu um embate entre a ciência e setores políticos que minimizam a gravidade da doença. De um lado, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou um investimento de US$ 100 milhões para pesquisas e ações de prevenção. De outro, autoridades ligadas ao presidente Donald Trump sugerem uma abordagem arriscada: permitir que o vírus se espalhe entre as aves para identificar quais seriam naturalmente imunes.

A proposta, defendida pelo secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., e pela secretária de Agricultura, Brooke Rollins, gerou forte reação entre especialistas e produtores. Para o setor avícola, que já contabiliza bilhões de dólares em perdas, a ideia representa um risco econômico e sanitário sem precedentes.

Desde o início do surto, em 2022, quase 170 milhões de aves foram abatidas nos EUA, impactando severamente a oferta de carne de frango e ovos. Agora em 2025, em apenas 2 meses, mais de 30 milhões de galinhas poedeiras foram sacrificadas, elevando os preços dos ovos e pressionando a cadeia de abastecimento.

De acordo com o Conselho de Exportadores de Frango e Ovos dos EUA (USAPEEC), as perdas no mercado de exportação já ultrapassam US$ 1,99 bilhão, enquanto o impacto no consumo interno é estimado em US$ 6,44 bilhões. Caso a disseminação proposital do vírus fosse adotada como estratégia, o setor teme um colapso ainda maior.

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“Você colocaria mais vírus no ambiente, aumentando o risco de contaminação. Isso afetaria não apenas a produção, mas também os trabalhadores e os consumidores”, alerta Greg D. Tyler, presidente do USAPEEC.

A disseminação intencional da gripe aviária também poderia agravar os problemas de saúde pública. A cepa H5N1, predominante nos EUA, já infectou mamíferos e registrou casos em humanos. Além disso, a recente detecção da variante H7N9 levanta preocupações adicionais, pois essa cepa possui histórico de maior transmissibilidade para humanos.

O embate em torno da gripe aviária reflete uma divisão mais ampla nos EUA entre políticas baseadas na ciência e posições que minimizam riscos sanitários e ambientais. Durante a pandemia de Covid-19, essa mesma polarização foi observada na resistência de setores políticos ao uso de vacinas e medidas de contenção.

Agora, a sugestão de deixar o vírus da gripe aviária circular livremente reforça essa tendência. Enquanto o USDA defende uma resposta baseada em ciência e biossegurança, integrantes da ala conservadora do governo americano apostam em uma estratégia de “imunidade natural”, que especialistas consideram perigosa e irresponsável.

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O desfecho desse embate terá impactos não apenas nos EUA, mas em toda a cadeia global de produção de proteínas. O aumento da mortalidade de aves, a volatilidade dos preços e o risco de novas mutações do vírus podem afetar a segurança alimentar em diversos países, reforçando a necessidade de políticas sanitárias baseadas em evidências científicas.

O Brasil, líder mundial na exportação de carne de frango, observa a crise nos EUA com atenção. Embora o país nunca tenha registrado casos da doença em sua avicultura industrial, a chegada da gripe aviária em aves silvestres fez com que as medidas de biosseguridade fossem intensificadas.

“Biosseguridade é a nossa principal defesa. Seguimos rigorosos protocolos para evitar qualquer contaminação e garantir a segurança da produção”, afirma Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo especialistas, a posição geográfica do Brasil também favorece a proteção contra o vírus, já que as principais rotas migratórias de aves silvestres infectadas estão distantes do território nacional.

Fonte: Pensar Agro

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