Agronegócio
Mercado bilionário de cálculos bovinos atrai criminosos e exige maior segurança
O mercado global de cálculos biliares bovinos, popularmente conhecidos como “pedras de boi” ou “ouro bovino”, é uma das áreas menos conhecidas, mas altamente lucrativas do agronegócio. Segundo um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as importações desse produto pela China cresceram 66% desde 2019, alcançando um valor de US$ 218 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) em 2023.
O Brasil, maior fornecedor global, se destaca como o principal exportador, tendo triplicado suas vendas nos últimos quatro anos, para um total de US$ 148 milhões (cerca de R$ 934 milhões) no mesmo período. Embora os dados detalhados mais recentes ainda estejam em apuração, o crescimento no setor permanece evidente em 2024.
No entanto, esse mercado enfrenta desafios que vão além da logística e da biologia. O valor elevado dos cálculos biliares os torna alvo de roubos e contrabando. No Brasil, casos de assaltos e armazenamento ilegal têm sido registrados.
Em São Paulo, por exemplo, um roubo de 2,7 kg de cálculos resultou em prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Situações semelhantes ocorrem em outros países produtores, como Argentina e Uruguai, onde investigações revelaram redes de contrabando e falsificação.
Esse mercado específico é impulsionado pela demanda da medicina tradicional asiática, onde os cálculos biliares são utilizados na produção de medicamentos para tratar transtornos neurológicos, como acidentes vasculares cerebrais e convulsões. O valor das pedras pode variar de R$ 12 mil a R$ 37 mil por quilo no Brasil e alcançar até US$ 65 por grama no mercado internacional.
A produção desses cálculos é extremamente limitada e depende de fatores biológicos. Apenas cerca de 2% das vacas desenvolvem cálculos biliares naturalmente, e eles costumam ser encontrados em gado mais velho. Para produzir 1 kg de cálculos biliares, estima-se que sejam necessários abates de aproximadamente 200 mil animais. Isso torna o produto escasso e altamente valioso.
Além do Brasil, outros países como Austrália, Colômbia, Argentina, Uruguai e Paraguai têm tentado expandir suas exportações para atender à crescente demanda, especialmente na China, que consome cerca de cinco toneladas anuais do produto, mas produz apenas uma tonelada internamente. Recentemente, a Argentina firmou um novo protocolo com a China para exportação formal, enquanto o Uruguai segue em processo de regulamentação.
Apesar das dificuldades, o Brasil mantém sua liderança no setor, refletindo a força e a competitividade de seu agronegócio. Essa posição de destaque reforça o papel estratégico do país no comércio global, ao mesmo tempo em que destaca a necessidade de protocolos claros e segurança para proteger a cadeia produtiva. Com a crescente valorização dos cálculos biliares no mercado internacional, o segmento pode se consolidar como mais uma fonte de renda significativa para o setor de proteína animal brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
Agronegócio impulsiona economia baiana e atinge recordes históricos
O agronegócio consolidou seu papel como um dos principais motores da economia baiana, atingindo recordes históricos até o terceiro trimestre de 2024, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri-BA) e pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O setor respondeu por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, chegando a 26,5% no terceiro trimestre, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023, quando a participação foi de 19,8%.
O impacto do agronegócio baiano não se limita ao estado. Sua contribuição ao PIB nacional também cresceu, passando de 5,5% em 2023 para 7,1% até o terceiro trimestre de 2024. Com um PIB estadual estimado em R$ 349 bilhões, o agronegócio adicionou aproximadamente R$ 83 bilhões, evidenciando sua relevância tanto para a Bahia quanto para o Brasil.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) da Bahia alcançou R$ 54 bilhões em 2024, com destaque para as lavouras, que representaram 81% do total. Os grãos lideraram a produção agrícola, contribuindo com 57% do VBP, seguidos por cacau (12%), frutas (11%) e outras lavouras (20%). No segmento animal, a pecuária de corte foi a maior responsável, com 57%, seguida por aves (22%), leite (13%) e suínos e ovos (8%).
Esses resultados refletem a eficiência e a capacidade do agronegócio baiano em se adaptar a desafios e maximizar oportunidades. Com uma base diversificada de produção e estratégias para ampliar sua competitividade, o setor continua sendo um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do estado. A trajetória de crescimento reforça o papel do agronegócio como motor da economia baiana e sua contribuição para o fortalecimento da posição do Brasil como líder global no setor.
Fonte: Pensar Agro
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