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Agronegócio

Indústria investe para se tornar líder mundial no processamento de castanhas

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A produção de castanhas e nozes no Brasil tem ganhado destaque nos últimos anos, com investimentos em infraestrutura e tecnologia para ampliar a capacidade de beneficiamento e fortalecer a competitividade no mercado global.

O país se destaca na produção de castanha-do-brasil, também conhecida como castanha-do-pará, sendo um dos principais produtores mundiais ao lado da Bolívia e do Peru. Os estados da Amazônia, Acre, Rondônia, Amapá, Pará e Maranhão concentram a maior parte da produção nacional, com um volume médio anual de aproximadamente 40 mil toneladas.

Já a noz-pecã tem forte presença no Sul do Brasil, com o Rio Grande do Sul liderando a produção, seguido por Santa Catarina e Paraná. A produção nacional de noz-pecã ultrapassa as 5 mil toneladas anuais e atende tanto ao consumo interno quanto à exportação.

O mercado tem sido tão promissor que no Acre a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) anunciou um investimento de R$ 60 milhões na construção de uma nova planta agroindustrial e pretender ser líder mundial no processamento de frutas tropicais na região Norte do Brasil. As obras tiveram início em 2023 e têm previsão de conclusão para junho de 2025. Deste total, R$ 35 milhões já foram aplicados no projeto, que visa ampliar a capacidade de beneficiamento e abrir novos mercados.

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A nova planta industrial da Cooperacre será instalada no distrito industrial de Rio Branco e terá capacidade para processar cerca de dez mil toneladas anuais de polpa concentrada de frutas tropicais, incluindo açaí, cupuaçu, cajá, graviola, acerola, maracujá, caju, manga, abacaxi e goiaba. Esse volume representa um aumento significativo em relação à capacidade atual de mil toneladas.

O projeto também visa agregar valor aos produtos por meio da introdução da polpa concentrada asséptica, que possui maior tempo de prateleira e pode ser armazenada por até dois anos em temperatura ambiente. Essa inovação amplia as possibilidades de exportação, reduzindo custos logísticos e aumentando a competitividade da cooperativa no mercado global.

Em 2023, a Cooperacre movimentou mais de R$ 73 milhões em bioeconomia, beneficiando cerca de quatro mil famílias extrativistas. A comercialização de castanha gerou R$ 24,5 milhões, enquanto a borracha natural movimentou R$ 8,6 milhões, com produção de 720 toneladas.

Além do Acre, o Rio Grande do Sul se destaca na produção de noz-pecã, representando cerca de 70% da colheita nacional. A produção no estado varia conforme as condições climáticas, e regiões como Pelotas, Santa Rosa e Erechim desempenham um papel fundamental no cultivo e beneficiamento.

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Tanto a castanha-do-brasil quanto a noz-pecã possuem diversas aplicações além do consumo humano. Na indústria de cosméticos, seus óleos são utilizados na formulação de hidratantes, shampoos e produtos para a pele devido às suas propriedades antioxidantes e emolientes.

Esses produtos são utilizados como insumos na produção de suplementos alimentares ricos em selênio e ácidos graxos essenciais, que auxiliam na saúde cardiovascular e no fortalecimento do sistema imunológico. Na indústria de rações, os subprodutos dessas castanhas são incorporados à alimentação animal, aproveitando seu alto teor de proteínas e gorduras saudáveis. Além disso, a madeira da castanheira é valorizada para a fabricação de móveis e artesanato, fortalecendo a economia extrativista sustentável.

O setor agroindustrial brasileiro segue atento às condições climáticas e às tendências de mercado para fortalecer a produção sustentável de castanhas e frutas tropicais. Com investimentos estratégicos e inovação, o país busca consolidar sua posição como referência global na bioeconomia e no desenvolvimento sustentável da Amazônia e de outras regiões produtoras.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Seguro rural enfrenta desafios e setor agropecuário cobra reforço orçamentário

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A necessidade de reforço nos recursos destinados ao Seguro Rural tem mobilizado o setor agropecuário, que enfrenta desafios crescentes devido às mudanças climáticas e ao aumento da inadimplência no crédito rural. Em resposta, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) encaminhou ao governo federal um pedido emergencial para a liberação de R$ 1,05 bilhão, visando garantir a continuidade das apólices e ampliar a segurança dos produtores.

A cobertura do seguro rural tem sido impactada pela redução de subsídios e pelo contingenciamento orçamentário. Em 2024, o setor solicitou R$ 2,1 bilhões, mas a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovou apenas R$ 964,5 milhões. Com os cortes, esse montante caiu para R$ 820,2 milhões, menos de 60% do valor inicialmente requerido. Enquanto isso, programas como o Proagro apresentaram ineficiência, com uma sinistralidade de 428% em 2023, tornando o custo da proteção ainda mais elevado.

Isan Rezende   –   Imagem: assessoria

“A redução dos subsídios para o seguro rural coloca os produtores em uma situação vulnerável. Precisamos garantir estabilidade para que o agronegócio brasileiro continue competitivo e seguro diante das incertezas climáticas e econômicas”, afirma Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA).

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A falta de um sistema robusto de proteção para os produtores também tem reflexos diretos no mercado de crédito. Com a inadimplência triplicando em operações de mercado no último ano, os financiamentos se tornaram mais restritivos e caros, dificultando o acesso ao capital para investimento e produção.

“Se compararmos com os Estados Unidos, vemos que lá o seguro rural é altamente subsidiado e estruturado para garantir previsibilidade ao produtor. No Brasil, estamos muito atrás e precisamos corrigir essa distorção para manter nossa competitividade no mercado global”, pontua Rezende.

A FPA tem ressaltado que o fortalecimento do Seguro Rural é essencial para a segurança da produção nacional e para evitar impactos negativos na economia do agronegócio. Os parlamentares da bancada defendem um planejamento orçamentário de longo prazo, com previsibilidade e gestão eficiente dos recursos.

O setor agropecuário tem insistido na necessidade de um plano de longo prazo para o Seguro Rural, que inclua ampliação da cobertura, previsibilidade orçamentária e melhorias na gestão dos recursos. Para especialistas, essa é a chave para evitar prejuízos catastróficos decorrentes de eventos climáticos extremos, como El Niño e La Niña, que nos últimos anos afetaram produções inteiras de grãos e pecuária.

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“Não se trata apenas de um pedido por mais verba, mas de uma política pública estruturada que dê segurança ao produtor e permita um planejamento eficiente da produção agropecuária. Isso é fundamental para evitar desabastecimento e oscilações abruptas de preços que penalizam toda a população”, finaliza o presidente do IA.

Fonte: Pensar Agro

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