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Agronegócio

Impasse de US$ 800 bilhões trava acordo no Azerbaijão

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Um impasse de US$ 800 bilhões impediu a definição de um acordo quanto ao financiamento climático, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão.

Apesar do encerramento formal, espera-se que as negociações avancem até que se alcance um consenso sobre o montante necessário para apoiar ações de adaptação, mitigação e transição energética em países em desenvolvimento.

O impasse gira em torno do valor projetado para combater as mudanças climáticas. Enquanto o Acordo de Paris estabeleceu um financiamento inicial de US$ 100 bilhões por ano, as necessidades atuais apontam para cifras pelo menos dez vezes maiores, chegando a US$ 1 trilhão .

Na COP29, os países mais ricos propuseram US$ 200 bilhões, mas a oferta foi considerada insuficiente pelos países em desenvolvimento. Além do montante, também se discute a transparência no uso dos recursos e os mecanismos para sua transferência.

O evento também foi marcado pela ausência de líderes globais de maior relevância internacional, uma vez que muitos estavam no Brasil participando das reuniões do G20. Essa ausência gerou críticas, pois enfraqueceu o peso político das negociações climáticas.

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Outro ponto de destaque foi o papel do Brasil nas discussões. O país buscou reforçar sua candidatura para sediar a COP30, com iniciativas voltadas ao setor produtivo e à sustentabilidade. Um dos exemplos foi o convênio entre o Fundo JBS pela Amazônia e o Banco da Amazônia, que visa apoiar pequenos produtores da região.

Além disso, as cooperativas brasileiras apresentaram projetos que combinam segurança alimentar com proteção ambiental, demonstrando que o modelo cooperativista pode ser uma solução prática no combate às mudanças climáticas.

Embora a COP29 tenha evidenciado a necessidade de maior ambição no financiamento climático, o resultado frustrante reflete os desafios de alinhamento entre as prioridades dos países desenvolvidos e emergentes. As próximas etapas dependerão de negociações intensas e do fortalecimento de compromissos concretos para a transição energética e a proteção do meio ambiente.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estado lança pacote de medidas para fortalecer o agronegócio e proteger produtores de leite e aves

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O governo do Paraná anunciou nesta semana duas medidas voltadas ao fortalecimento do agronegócio local e à proteção da produção estadual diante da concorrência com produtos importados. As ações envolvem mudanças tributárias para o setor avícola e novas regras para o uso de leite em pó estrangeiro.

O objetivo é  reduzir custos, proteger a produção interna e aumentar a competitividade do agronegócio local. No caso do leite, a meta é evitar a desvalorização do produto nacional e dar fôlego a cooperativas e pequenos produtores. Já na avicultura, o foco é garantir melhores condições tributárias e ampliar a presença do Paraná nos mercados interno e externo.

A primeira medida, publicada na segunda-feira (03.11) retirou as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária (ST) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já a segunda, sancionada na quarta-feira (06.11), por meio da Lei nº 22.765/2025, proibiu a reconstituição, no Paraná, de leite em pó importado e outros derivados para produção de itens destinados ao consumo humano.

As decisões integram um pacote que busca reforçar a competitividade do campo paranaense, setor que representa parcela significativa do PIB estadual e nacional, e responder à pressão dos produtores de leite, que enfrentam dificuldades com o aumento das importações, principalmente de países do Mercosul.

Pela nova lei, está proibido o uso de leite em pó, soro de leite e compostos lácteos de origem estrangeira na fabricação de produtos destinados ao consumo humano. A exceção é a comercialização direta ao consumidor final, desde que os itens estejam em embalagens próprias para o varejo e sigam as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O objetivo é proteger a cadeia leiteira estadual, que envolve milhares de famílias e é considerada estratégica para a economia rural. Em 2024, o Paraná produziu 3,9 bilhões de litros de leite, e nos dois primeiros trimestres de 2025 o volume chegou a 2,02 bilhões de litros, mantendo quatro períodos consecutivos acima de 1 bilhão de litros.

Com 15,7% da produção nacional, o Estado tem a segunda maior bacia leiteira do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, que responde por 23,8%, e à frente de Santa Catarina.

O governo também estuda ampliar a utilização do leite local na merenda escolar e em programas de compra pública, em modelo semelhante ao Compra Direta Paraná, que adquire alimentos da agricultura familiar para abastecer escolas, hospitais e entidades assistenciais.

A medida é uma resposta direta à crise vivida pelo setor leiteiro nacional. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem defendendo a aplicação de medidas antidumping para conter a entrada crescente de leite do Mercosul a preços inferiores aos praticados internamente, o que tem pressionado a renda dos produtores brasileiros.

A outra medida anunciada pelo governo foi o Decreto nº 11.712/2025, que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária a partir de janeiro de 2026. A decisão atende a uma demanda antiga das indústrias e cooperativas paranaenses, que reclamavam da perda de competitividade gerada pela cobrança antecipada do imposto.

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No modelo atual, o tributo é recolhido pela indústria no momento da saída do produto da fábrica, o que encarece os estoques e reduz o fôlego financeiro das empresas. Com a mudança, o ICMS passará a ser pago apenas na venda ao consumidor, alinhando o Paraná às práticas tributárias de outros estados e reduzindo distorções de mercado.

O Estado é líder nacional na produção de aves e responde por mais de um terço da produção brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná produziu 558,6 milhões de aves no último trimestre, consolidando-se como referência no setor.

As carnes de aves cozidas incluem produtos de maior valor agregado, como frango desfiado e cortes temperados. Embora representem uma fatia menor do total produzido, são essenciais para ampliar margens industriais e estimular a diversificação da oferta.

A retirada da Substituição Tributária complementa uma decisão semelhante tomada em março, quando o governo estadual já havia excluído as carnes temperadas do mesmo regime. As mudanças buscam estimular a industrialização, atrair novos investimentos e gerar empregos na cadeia avícola, que possui forte presença no interior do Estado.

Fonte: Pensar Agro

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