Agronegócio
Impacto da gripe aviária nos EUA e reflexos no mercado de ovos no Brasil

O surto de gripe aviária nos Estados Unidos tem provocado um aumento significativo nos preços dos ovos naquele país. Desde 2022, mais de 166 milhões de aves foram abatidas para conter a disseminação do vírus, afetando drasticamente a oferta de ovos. Em janeiro de 2025, os preços atingiram uma média recorde de US$ 4,95 por dúzia, com expectativas de um aumento adicional de 41% ao longo do ano.
A principal causa desse aumento é a redução do plantel de galinhas poedeiras devido ao abate necessário para controlar o surto. Somente em janeiro de 2025, quase 19 milhões de galinhas foram abatidas. Essa diminuição na oferta elevou os preços, levando consumidores em algumas regiões a pagarem mais de US$ 1 por ovo.
Reflexos no Mercado Brasileiro – No Brasil, os preços dos ovos também registraram altas, mas por motivo diferente. Em fevereiro de 2025, as médias mensais atingiram os maiores patamares desde o início da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em termos nominais. Fatores como o repasse dos aumentos ao consumidor final e o período do mês, quando o poder de compra tende a ser menor, contribuíram para a desaceleração nas vendas de ovos para o varejo na segunda quinzena de fevereiro.
Além disso, com a escassez de ovos nos Estados Unidos, abriu-se uma oportunidade para o Brasil aumentar suas exportações do produto para o mercado norte-americano. Embora o Brasil não seja um dos principais exportadores de ovos para os EUA, a demanda crescente pode levar a um incremento nas exportações brasileiras para suprir parte da necessidade do mercado estadunidense.
Para enfrentar a crise, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou um plano de US$ 1 bilhão que inclui a importação de ovos e investimentos para fortalecer as medidas de biossegurança nas granjas. Estão previstas importações de 70 a 100 milhões de ovos nos próximos meses, além de US$ 500 milhões destinados a auxiliar granjas na melhoria das medidas de biossegurança, US$ 400 milhões para produtores afetados pela gripe aviária e US$ 100 milhões para pesquisa e desenvolvimento de vacinas.
Especialistas indicam que a recuperação completa do plantel de aves e a normalização dos preços podem levar até nove meses. Enquanto isso, os consumidores tanto nos EUA quanto no Brasil devem continuar enfrentando preços elevados de ovos, refletindo os desafios impostos pela gripe aviária e suas consequências no mercado global.
Fonte: Pensar Agro

Agronegócio
Plano safra 24/25 recebe reforço de mais R$ 4 bilhões

O governo federal anunciou a redistribuição de cerca de R$ 4 bilhões em recursos do Plano Safra 2024/25 para atender melhor as demandas dos produtores rurais nesta reta final da safra. A decisão foi tomada após os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário identificarem a necessidade de reforçar linhas de crédito com maior procura, especialmente para pequenos e médios produtores, além de programas como o Moderfrota e o Pronaf Investimento.
Esse ajuste não aumenta os gastos do governo, apenas transfere os recursos de áreas com menor demanda para aquelas que realmente precisam de mais financiamento. Desde julho de 2024, já foram aplicados mais de R$ 81 bilhões em financiamentos com juros menores para apoiar o produtor rural. Com essa redistribuição, instituições financeiras como Banco do Brasil, Sicredi e BNDES receberam mais dinheiro para oferecer crédito.
No caso do Banco do Brasil, por exemplo, houve um reforço de R$ 1,2 bilhão para diversas linhas de crédito voltadas ao agronegócio, incluindo custeio e investimento. Por outro lado, os recursos para construção e ampliação de armazéns foram reduzidos em R$ 500 milhões, já que a demanda por esse financiamento foi menor do que o esperado. Esse ponto gerou surpresa, já que o Brasil ainda enfrenta um déficit de armazenagem, especialmente em anos de colheita recorde.
O BNDES também foi beneficiado, recebendo R$ 270 milhões para o Moderfrota, principal linha de crédito para compra de máquinas agrícolas, que estava temporariamente suspensa por falta de recursos. Já o Sicredi obteve um reforço de R$ 162,2 milhões para apoiar os médios produtores com financiamentos de custeio.
Para a agricultura familiar, o Banco do Brasil recebeu um acréscimo de R$ 2,4 bilhões em crédito subsidiado para o Pronaf. Esse valor será utilizado para oferecer empréstimos com juros reduzidos a pequenos produtores, tanto para custeio da lavoura quanto para investimentos em equipamentos e melhorias na produção. Outras instituições, como Banrisul e Credicoamo, também tiveram ajustes em seus limites para facilitar o acesso ao crédito rural.
A medida busca garantir que o dinheiro disponível seja utilizado de maneira mais eficiente, chegando aos produtores que realmente precisam. No entanto, o remanejamento de recursos para armazenagem levanta questionamentos, já que muitos agricultores ainda enfrentam dificuldades para estocar sua produção de forma adequada. O desafio agora é garantir que o crédito continue acessível para impulsionar a produção e fortalecer o setor agropecuário brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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