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Agronegócio

Fazendas do Brasil têm baixa emissão de carbono

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Um estudo inédito, conduzido pelas consultorias Fauna Projetos e Instituto Inttegra, foi publicado recentemente em uma das principais revistas do agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa analisou 103 fazendas de gado em 12 estados brasileiros e revelou que 70% dessas propriedades operam com baixa emissão de gases de efeito estufa, sendo que muitas já sequestram mais carbono do que emitem.

O levantamento destacou que sistemas produtivos mais intensivos apresentam menor impacto ambiental. Fazendas que adotam manejo eficiente de pastagens, suplementação nutricional adequada e reduzem a idade de abate dos animais obtêm melhores resultados na redução de emissões. A integração lavoura-pecuária-floresta também contribui significativamente para a retenção de carbono no solo e para a melhoria do ambiente produtivo.

A pesquisa enfatizou a importância da preservação ambiental, mostrando que áreas de reserva legal bem manejadas auxiliam na captura de carbono e na manutenção do equilíbrio climático. Além disso, a recuperação de pastagens degradadas tem impacto direto na redução de emissões, pois pastos bem manejados absorvem e fixam mais carbono no solo.

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Este estudo faz parte de um esforço contínuo para mapear a realidade da pecuária tropical e ampliar a base de dados sobre a emissão de gases no setor. A iniciativa visa fornecer informações precisas que reflitam a produção nacional, evitando que dados imprecisos sejam utilizados por terceiros.

A expansão da pesquisa está prevista para abranger 300 fazendas até o meio do ano, com a meta de alcançar 3.000 propriedades no futuro. Isso criará uma das maiores bases de dados sobre emissões na pecuária mundial, consolidando o Brasil como referência em pecuária sustentável.

Os resultados reforçam que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas. Investimentos em manejo adequado e boas práticas agrícolas são fundamentais para a descarbonização da economia global, posicionando a pecuária brasileira como aliada no combate às mudanças climáticas.

Veja a pesquisa completa aqui

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Tecnologia digital transforma produção agropecuária no Matopiba

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A adoção de tecnologias digitais e práticas sustentáveis está promovendo uma transformação na produção de alimentos e biocombustíveis no Matopiba, região que abrange áreas do Cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A modernização do setor agrícola tem impulsionado o crescimento da produção, consolidando a região como um dos principais polos do agronegócio brasileiro.

Nos últimos 20 anos, a produção de soja no Matopiba quintuplicou, refletindo o avanço das tecnologias aplicadas ao campo. Soluções digitais voltadas para a otimização de processos, assistência técnica e planejamento estratégico têm permitido ganhos de produtividade e redução de impactos ambientais. Além das culturas tradicionais, como soja, milho e algodão, a diversificação agrícola tem ganhado espaço, incentivando o cultivo de espécies como a mamona, com grande potencial para o mercado de biocombustíveis.

O desenvolvimento da agricultura regenerativa é um dos pilares dessa evolução, com práticas que incluem rotação de culturas, uso de bioinsumos e fertilizantes sustentáveis. Essas estratégias não apenas aumentam a produtividade, mas também favorecem a recuperação do solo e a redução da dependência de fertilizantes químicos.

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A incorporação de ferramentas tecnológicas tem possibilitado um monitoramento preciso da produção, permitindo que os agricultores otimizem a gestão das lavouras e tomem decisões estratégicas com base em dados. Soluções de agricultura de precisão, softwares de gestão e plataformas de análise climática estão entre as inovações que contribuem para uma produção mais eficiente e sustentável.

Além disso, alternativas de financiamento, como o barter (troca de insumos por colheitas futuras), têm facilitado o acesso dos produtores a novas tecnologias, promovendo maior estabilidade financeira e segurança no planejamento das safras.

A mamona, tradicionalmente cultivada no Nordeste, ressurge como uma cultura estratégica no Matopiba, impulsionada pelo crescimento da demanda por biocombustíveis. Com baixa exigência hídrica e capacidade de recuperar solos degradados, a cultura tem se destacado como uma opção viável para diversificação da produção. Além de contribuir para a sustentabilidade das propriedades, o cultivo da mamona gera novas oportunidades econômicas para os agricultores da região.

Apesar do avanço tecnológico, a expansão da produção no Matopiba enfrenta desafios estruturais. A infraestrutura de transporte e logística ainda apresenta limitações, dificultando o escoamento da produção. Investimentos em rodovias, ferrovias e terminais hidroviários têm sido discutidos como alternativas para melhorar a competitividade da região.

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Outro desafio relevante é a necessidade de equilibrar o crescimento agrícola com a preservação ambiental. A região está inserida majoritariamente no bioma Cerrado, exigindo práticas de manejo responsável para garantir a sustentabilidade da produção. Muitas propriedades têm adotado estratégias alinhadas ao Código Florestal, promovendo o uso eficiente da terra e a conservação dos recursos naturais.

A ampliação das práticas de agricultura regenerativa e o avanço da digitalização no campo devem continuar moldando o futuro do agronegócio no Matopiba. Com investimentos em tecnologia, infraestrutura e capacitação, a região se consolida como um dos principais motores do crescimento agropecuário no Brasil, aliando produtividade e sustentabilidade em um cenário de constante evolução.

Fonte: Pensar Agro

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