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Agronegócio

Empresa faz 52 anos e lança ofensiva contra crise climática com foco no produtor

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completou 52 anos nesta quarta-feira (07.05), lançando a Jornada pelo Clima, iniciativa que marca uma virada estratégica: unir ciência, campo e inovação no combate às mudanças climáticas e pela promoção de uma agricultura mais sustentável e de baixo carbono.

Ao todo, três novas cultivares, sete ferramentas digitais, uma prática agropecuária e um modelo de produção foram apresentados, todos com potencial de tornar o agro brasileiro mais competitivo sem agredir o meio ambiente. “A agricultura precisa ser parte da solução e não do problema climático”, resumiu a diretora de Inovação da Embrapa, Ana Euler, durante o evento.

Para o produtor, o que parecia papo de conferência climática se traduz, na prática, em tecnologia para economizar insumos, enfrentar secas, lidar com pragas mais resistentes e garantir produtividade mesmo diante de um cenário climático cada vez mais incerto. Um dos destaques é a Vitrine de Tecnologias pelo Clima, espaço virtual com 150 soluções já testadas para os diversos biomas brasileiros — todas com potencial direto de aplicação no campo.

Essas ferramentas estão divididas em três grandes eixos: ações diretas para mitigar os efeitos climáticos; contribuições da ciência para adaptar a produção rural; e tecnologias aplicadas aos diferentes biomas. “É um acervo construído em mais de 50 anos de pesquisa. E agora, mais do que nunca, precisamos colocar isso à disposição do agricultor, do técnico e do gestor rural”, reforçou Euler.

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Outro lançamento importante foi a publicação Recupera Rural RS, resultado de um trabalho coordenado entre unidades da Embrapa no Sul do país, que traz um mapeamento da vulnerabilidade da Serra Gaúcha a eventos extremos como enchentes e estiagens. A proposta é ir além do diagnóstico e apresentar medidas práticas para evitar que a agropecuária da região colapse diante das mudanças climáticas.

A Jornada pelo Clima também prevê os Diálogos pelo Clima, uma série de encontros que vão percorrer todos os biomas brasileiros até outubro (veja a programação no quadro a seguir). O objetivo é escutar quem está no campo, nos laboratórios e nas comunidades, promovendo um debate realista sobre os impactos do clima e estratégias de adaptação — sempre com a COP30, que acontece em novembro em Belém (PA), como pano de fundo.

Durante a cerimônia, também foi apresentado o novo Balanço Social da Embrapa, que apontou um aumento de 17% no chamado “lucro social” da empresa em 2024, em comparação com o ano anterior. Trata-se da medição de quanto as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa retornam à sociedade em termos econômicos, sociais e ambientais.

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Mas talvez o passo mais ambicioso da noite tenha sido a assinatura de uma aliança estratégica entre instituições científicas, universidades, empresas e órgãos do setor agropecuário. A proposta é ousada: juntar cabeças e recursos para enfrentar, juntos, os grandes desafios da produção agropecuária brasileira nos próximos anos.

“O Brasil precisa transformar ciência em renda, inovação em produtividade, e pesquisa em sustentabilidade. E isso só é possível com parcerias sólidas e visão de longo prazo”, afirmou Clenio Pillon, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, reforçou: “Essa aliança permite construir estratégias comuns e concentrar esforços em agendas que são absolutamente prioritárias para o futuro do agro brasileiro.”

Para os produtores rurais, mais do que um discurso técnico, o que se espera agora são resultados concretos no campo. Tecnologias que resistam ao calor, à seca, às inundações. Ferramentas que reduzam custos e aumentem produtividade. Soluções que permitam ao Brasil continuar sendo celeiro do mundo — mas sem esgotar seu próprio chão.

Fonte: Pensar Agro

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Estado fecha safra com rendimento superior ao da média nacional

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Enquanto parte do país ainda colhe os últimos grãos da safra 2024/2025, Goiás já fechou seu ciclo da soja — e com um desempenho que põe o estado na vitrine da agricultura nacional. Os dados mais recentes do boletim Agro em Dados, divulgado em maio pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), mostram que a colheita foi finalizada em 19 de abril, com uma produção de 20,4 milhões de toneladas — alta de 8% em relação ao ciclo anterior.

O rendimento médio das lavouras goianas foi o maior do país: 68,7 sacas por hectare. Com esse desempenho, Goiás garantiu a terceira colocação entre os estados que mais produziram soja no Brasil, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.

No cenário global, o Brasil segue firme na liderança da produção de soja. Responde hoje por 40% da oferta mundial da oleaginosa. Mas o avanço da cadeia não para na lavoura: os dados mais recentes indicam uma movimentação crescente também na industrialização, especialmente no setor do óleo de soja — onde o país ainda é superado por China e Estados Unidos, que juntos concentram quase metade da produção global.

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Atualmente, o Brasil representa 17% da produção mundial de óleo de soja. Mas esse percentual deve crescer se os números de 2025 mantiverem o ritmo do primeiro trimestre. Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou 402,7 mil toneladas de óleo de soja — alta de 73,2% em relação ao mesmo período de 2024. Goiás, nesse ponto, teve um desempenho ainda mais expressivo: foram 51,7 mil toneladas exportadas no trimestre, o dobro do volume do ano anterior, com salto de 130,9%.

Os embarques cresceram principalmente para a Índia, que se consolidou como principal compradora do óleo brasileiro. O país asiático ampliou em quase 63% suas compras nacionais do derivado e aumentou em quase 90% as aquisições oriundas de Goiás.

Os números reforçam um reposicionamento do estado de Goiás não apenas como celeiro de grãos, mas como elo estratégico no mercado de derivados. Com produtividade recorde no campo e crescimento nas exportações industriais, o estado sinaliza seu potencial de ocupar um espaço mais relevante em cadeias globais de valor — o que implica, também, desafios de logística, política comercial e sustentabilidade.

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Fonte: Pensar Agro

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