Agronegócio

Cepa: mercado abre ano em baixa, mas com expectativa de equilíbrio

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Levantamento do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) aponta que os preços do arroz começam o ano com uma forte queda nos preços, reflexo da expectativa de aumento na oferta interna e nas importações.

Ano passado, no primeiro trimestre, os preços do arroz também apresentaram retração significativa. Segundo o Cepea, na época, esse movimento foi influenciado por uma oferta interna robusta, que somou 14,3 milhões de toneladas. Esse volume foi composto pelos estoques iniciais de 2,02 milhões de toneladas em fevereiro, pela produção nacional de 10,59 milhões de toneladas e pelas importações de 1,7 milhão de toneladas.

A previsão de consumo interno ficou em 11 milhões de toneladas, enquanto 1,3 milhão de toneladas foram destinadas à exportação. Essa dinâmica resultou em um estoque final projetado de 2 milhões de toneladas para fevereiro de 2025, o equivalente a uma relação estoque/consumo de 18,2%, a menor desde 2018/19.

O cenário mudou em abril, quando uma catástrofe climática no Rio Grande do Sul gerou incertezas sobre a colheita e os estoques. O estado, maior produtor de arroz do país, enfrentou perdas significativas em áreas ainda não colhidas e em volumes armazenados. Esse contexto impulsionou os preços, que registraram alta no mercado interno, revertendo a tendência de queda observada no início do ano.

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De acordo com o Cepea, a safra passada foi marcada por um aumento de 8,6% na área plantada, totalizando 1,61 milhão de hectares. Apesar disso, a produtividade média caiu 2,8%, alcançando 6,59 toneladas por hectare. Ainda assim, a produção total registrou um crescimento de 5,52% em relação à safra anterior, somando 10,59 milhões de toneladas.

Após a recuperação nos preços provocada pelo impacto climático, o mercado voltou a se estabilizar até meados de novembro. Contudo, notícias sobre leilões para importação de arroz beneficiado e ajustes na dinâmica de oferta e demanda trouxeram nova volatilidade ao setor no final do ano.

Para este ano, o Cepea alerta para a importância de acompanhar o comportamento da oferta e da demanda, além dos impactos climáticos e comerciais. A relação estoque/consumo ajustada indica um cenário que pode continuar pressionando o mercado, ao mesmo tempo em que abre oportunidades para uma gestão estratégica da produção e da comercialização.

O arroz brasileiro deve seguir enfrentando desafios, mas também apresenta potencial para manter sua competitividade no mercado interno e internacional, garantindo equilíbrio entre oferta, demanda e preços ao longo do próximo ciclo.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Exportações do agronegócio mineiro bateram recorde: R$ 104,31 bilhões

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As exportações do agronegócio mineiro alcançaram R$ 104,31 bilhões em 2024, marcando o melhor desempenho da série histórica desde 1997. Com um aumento de 19,2% em relação ao ano anterior, o setor agropecuário representou 42% da pauta de exportação do estado, superando inclusive a receita do setor de mineração, que totalizou R$ 95,77 bilhões.

Esse desempenho excepcional reafirma a posição de Minas Gerais como um dos maiores produtores e exportadores do país, consolidando sua relevância no cenário global do agronegócio. O volume de produtos embarcados também foi recorde, com 17 milhões de toneladas, crescimento de 8% em relação a 2023.

Minas Gerais subiu uma posição no ranking nacional de exportações agropecuárias, assumindo o quarto lugar e ultrapassando o Rio Grande do Sul. A União Europeia foi um dos principais mercados, com R$ 26,84 bilhões, superando o estado de São Paulo como principal fornecedor brasileiro para o bloco. Produtos como café, soja, carnes e produtos florestais tiveram papel fundamental nesse desempenho.

O café, carro-chefe das exportações mineiras, registrou receita recorde de R$ 48,19 bilhões e embarcou 31 milhões de sacas, correspondendo a 46,1% do total comercializado pelo agronegócio estadual. A soja também se destacou com 7,2 milhões de toneladas exportadas, gerando R$ 19,52 bilhões em receita, apesar de uma leve queda nos preços.

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O complexo sucroalcooleiro alcançou R$ 15,25 bilhões em vendas, enquanto as carnes e os produtos florestais contribuíram com R$ 10,37 bilhões e R$ 6,71 bilhões, respectivamente. Esse resultado histórico é fruto do trabalho dedicado dos produtores rurais e do apoio de políticas públicas focadas no desenvolvimento do setor, como investimentos em infraestrutura e na formação de mão de obra qualificada.

A diversificação da pauta exportadora, que inclui 644 produtos destinados a 175 países, demonstra a força e a resiliência do agronegócio mineiro. A China foi o maior mercado, com R$ 25,01 bilhões em compras, seguida pelos Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália. As perspectivas para 2025 são otimistas, com a expectativa de avanço em novos mercados e o fortalecimento de parcerias comerciais existentes.

Fonte: Pensar Agro

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