EM OUTUBRO
Brasil sediará pela primeira vez Congresso Mundial da Carne, com foco na pecuária sustentável
O Brasil será sede, pela primeira vez, de um dos maiores eventos mundiais da pecuária: o World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne). A conferência reúne produtores, exportadores, pesquisadores e consumidores, com foco em temas como sustentabilidade, inovação e o futuro da proteína animal no mundo. Um dos principais objetivos do evento é destacar os avanços da pecuária brasileira, que em maio conquistou a certificação internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação.
O Congresso será realizado entre os dias 27 e 30 de outubro, em Cuiabá, e reunirá representantes de mais de 20 países. Mato Grosso foi escolhido como sede por ser o maior exportador de proteína animal do Brasil — somente em 2024, o estado movimentou mais de US$ 2,7 bilhões com as exportações do setor.
“Em outubro, teremos lideranças globais debatendo os rumos da pecuária. Será uma oportunidade única para mostrar que a nossa produção é sustentável e segue os mais altos padrões internacionais. Temos a melhor carne do mundo, pronta para atender aos mercados mais exigentes”, afirma Caio Penido, presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).
Entre as iniciativas brasileiras que serão apresentadas durante o congresso está o Passaporte Verde, programa desenvolvido pelo Imac em parceria com o setor produtivo e o Governo de Mato Grosso. A proposta visa atingir o monitoramento completo do rebanho — do nascimento ao abate — mas de forma faseada e inclusiva. Também busca estimular que toda a cadeia de produção adote práticas sustentáveis.
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“Estamos finalizando um projeto de lei que será encaminhado à Assembleia Legislativa para instituir o Passaporte Verde. A ideia é criar uma série de políticas públicas para apoiar os pecuaristas, tanto os que buscam regularização quanto os que já atuam com rastreabilidade completa. Nossa meta é, em quatro anos, atingir todos os critérios estabelecidos”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Cesar Miranda.
Durante o evento, serão discutidos temas estratégicos como: o futuro da carne nos mercados globais, desafios ambientais e emissões da produção animal, soluções sustentáveis para a cadeia produtiva, avanços em nutrição com proteína animal, inovação tecnológica e políticas públicas para o setor.
Entre os palestrantes internacionais confirmados estão o presidente da International Meat Secretariat (IMS), Juan José Grigera Naón; o vice-reitor da Harper Adams University, Michael Lee; o diretor de Estratégia do Meat Institute, Eric Mittenthal; e o diretor executivo da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), Kent Bacus.
“Há cerca de 10.000 anos, a domesticação do gado foi um marco para a humanidade. A partir dela, o ser humano passou a se fixar, cultivar alimentos e evoluir para a civilização. A proteína animal contribuiu para a saúde da humanidade desde o início, e queremos mostrar ao mundo não apenas essa trajetória, mas o futuro promissor do setor”, destaca Caio Penido.
World Meat Congress (WMC)
Realizado a cada dois anos pela International Meat Secretariat (IMS) — e nesta edição em parceria com o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) —, o World Meat Congress já passou por países como Estados Unidos, Austrália, Argentina, México, Uruguai e Holanda.
Em 2025, o tema será “Sustentabilidade e Inovação Tecnológica”, reforçando o compromisso do evento com o futuro da produção de carne. O congresso é um dos maiores fóruns globais sobre proteína animal e promove o intercâmbio entre todos os elos da cadeia produtiva.
Entre os resultados esperados estão a divulgação de novas tecnologias, fortalecimento da cadeia produtiva, melhoria da qualidade das proteínas animais, conscientização sobre a produção de carne, promoção de políticas públicas e impacto econômico positivo para o setor.

Agronegócio
Câmara aprova mudanças na regularização fundiária em fronteiras

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que altera as regras para a regularização de imóveis rurais localizados em áreas de fronteira. A proposta, que ainda precisa passar pelo Senado, traz medidas que podem destravar processos parados há anos e atender a uma antiga demanda de produtores que atuam nessas regiões.
Entre os principais pontos, o projeto permite que a regularização fundiária seja feita por meio de uma declaração escrita e assinada pelo requerente, nos casos em que não seja possível obter certidões oficiais ou quando os órgãos responsáveis ultrapassarem o prazo de 15 dias para resposta. Isso busca simplificar trâmites que, muitas vezes, emperram devido à burocracia estatal.
O texto também abre caminho para que grandes propriedades, com mais de 15 módulos fiscais, possam ser regularizadas mesmo em áreas onde existem processos administrativos de demarcação de terras indígenas em curso. A proposta determina que apenas após a homologação por decreto presidencial será possível reconhecer oficialmente a sobreposição entre áreas privadas e terras indígenas. Até lá, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não poderá barrar os processos com base em situações ainda não concluídas.
Outro ponto relevante é que os cartórios não poderão mais recusar o registro fundiário com base em demarcações ou propostas de criação de unidades de conservação que ainda não tenham sido formalizadas por meio de ato normativo.
O prazo para requerer a regularização foi estendido até 2030. Já as propriedades com área superior a 2.500 hectares continuam dependendo de autorização do Congresso Nacional. Nesses casos, o proprietário deverá apresentar requerimento e documentação exigida pela legislação agrária, mesmo que o Congresso ainda não tenha definido os trâmites internos até lá.
Entre os documentos exigidos estão o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a certificação do georreferenciamento da área, comprovação de produtividade e a ausência do nome do proprietário em cadastros relacionados ao uso de trabalho análogo ao escravo.
Para áreas menores que esse limite, e desde que não haja interesse público ou social no imóvel, o texto prevê a possibilidade de venda mediante licitação pública.
A aprovação da proposta foi recebida com otimismo por entidades representativas do setor agropecuário. Para o Sistema que representa produtores rurais em estados de fronteira, trata-se de um avanço essencial para a segurança jurídica e a manutenção da atividade produtiva em regiões onde as incertezas fundiárias ainda são uma barreira.
“A medida vem em boa hora, pois regulariza imóveis que estão há décadas sem solução definitiva. Isso garante ao produtor rural o direito de continuar trabalhando com tranquilidade, acessar crédito e investir com confiança no campo brasileiro”, avaliou a entidade, em nota oficial.
A organização também destacou que a regularização, ao oferecer respaldo legal, fortalece o acesso a políticas públicas, evita prejuízos provocados por entraves burocráticos e permite que o setor continue contribuindo para a economia e o abastecimento nacional.
Apesar do apoio expressivo à proposta, há parlamentares que manifestaram preocupações com possíveis riscos de regularização de terras griladas e impactos ambientais em áreas de floresta. A tramitação no Senado, portanto, promete reacender o debate entre segurança jurídica, preservação ambiental e direitos originários.
Enquanto isso, produtores aguardam a conclusão do processo com expectativa de que as novas regras tragam clareza e estabilidade para quem vive e trabalha na fronteira agrícola do país.
Fonte: Pensar Agro
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