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Agronegócio

Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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Recorde na produção de grãos faz Estado se destacar no cenário nacional

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A safra 2024/25 no Tocantins alcançou um marco histórico, com a colheita de 8,9 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 16% em relação ao ciclo anterior, quando o estado colheu 7,69 milhões de toneladas. Os dados foram revelados no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que aponta o Tocantins como o maior produtor de grãos da Região Norte e o segundo maior das regiões Norte e Nordeste.

Esse crescimento reflete a tendência positiva que o Brasil está vivenciando em relação à produção agrícola, com uma expectativa de safra recorde de 330,3 milhões de toneladas, um aumento de 32,6 milhões de toneladas em comparação com o ciclo 2023/24. A produção de grãos no país, portanto, segue uma trajetória de expansão, e Tocantins tem se destacado como um dos principais estados nesse movimento.

Entre as principais culturas que impulsionaram os números do estado, a soja continua sendo o carro-chefe. A produção de soja no Tocantins alcançou 5,4 milhões de toneladas, um crescimento impressionante de 19,4% em relação à safra 2023/24. Esse desempenho é reflexo tanto das boas práticas agrícolas adotadas pelos produtores quanto do clima favorável, além da tecnologia aplicada nas lavouras. O bom desempenho da soja no estado acompanha a tendência nacional, que projeta uma colheita recorde de 167,9 milhões de toneladas da oleaginosa.

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Além da soja, outros grãos também apresentaram crescimento significativo. A produção de milho no Tocantins somou 2,4 milhões de toneladas, um aumento de 13,6% em relação ao ciclo anterior. O arroz, que é uma cultura tradicional no estado, teve um leve crescimento de 3,6%, somando 779,5 mil toneladas. O sorgo também teve um pequeno aumento, com 109,5 mil toneladas, um crescimento de 3,2%. No entanto, o feijão e o gergelim enfrentaram quedas na produção, com diminuições de 7,7% e 3,8%, respectivamente.

O aumento na produção de grãos no Tocantins reflete uma série de fatores favoráveis, incluindo investimentos em tecnologia, expansão de áreas agricultáveis e a melhoria na logística de transporte. O estado se beneficia da sua localização estratégica, com acesso aos principais mercados consumidores, além da infraestrutura rodoviária e ferroviária em expansão, o que facilita o escoamento da produção para os portos.

Para os produtores rurais, essa safra recorde representa uma oportunidade de crescimento e aumento na rentabilidade. A diversificação de culturas também é um ponto positivo, pois diminui os riscos com a dependência de um único produto. Com o aumento da produção e a tendência de valorização de alguns grãos, como a soja e o milho, os produtores têm mais alternativas para obter bons retornos.

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Entretanto, é importante que os agricultores continuem atentos aos desafios que podem surgir ao longo da safra, como a variação no preço dos insumos, o risco de intempéries climáticas e a necessidade de mais investimentos em práticas sustentáveis. A preservação do solo e o uso racional dos recursos naturais, por exemplo, são essenciais para garantir que o estado continue a ser uma referência na produção de grãos.

Em resumo, o Tocantins não apenas atingiu um recorde na safra 2024/25, mas também se consolidou como um dos pilares da produção agrícola nacional. O desempenho das lavouras no estado deve continuar a ser um indicativo do potencial do Brasil em sustentar sua posição como uma das maiores potências agrícolas do mundo.

Fonte: Pensar Agro

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