Agronegócio
Agricultura Familiar fornecerá hortifrúti para merenda escolar em 2025

Oferecer uma alimentação adequada aos estudantes do ensino público municipal é uma preocupação constante da administração municipal. A Prefeitura de Lucas do Rio Verde já vem a alguns anos adquirindo produtos da agricultura familiar, para o preparo do cardápio da merenda escolar e, neste ano, a Chamada Pública 002/2025 já garantiu a aquisição dos alimentos para o primeiro semestre do ano.
A iniciativa atende ao Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, sendo que os gêneros alimentícios da agricultura familiar serão usados na alimentação nas escolas municipais de ensino fundamental, educação infantil e creches municipais.
No ano de 2024, a Prefeitura adquiriu o total de 88,5% do valor repassado pelo PNAE para aquisição de produtos provenientes da agricultura familiar, sendo que o mínimo exigido pelo programa é que 30% dos produtos venham de pequenos produtores.
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Os produtos adquiridos, conforme a Chamada Pública deste ano que aconteceu nesta semana, inclui frutas, legumes, folhosos, polpas de frutas e mandioca. A entrega acontecerá semanalmente conforme a necessidade de cada unidade escolar.
“A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente é parceira no fomento da produção que vai atender na alimentação dos estudantes. Dessa forma, apoiamos os agricultores familiares durante o ano com assistência técnica, patrulha agrícola, fomento e demais necessidades”, explicou a veterinária da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Silvia Krause.
O montante investido neste primeiro trimestre atenderá as 24 unidades de ensino da rede municipal, com a oferta de alimentos de qualidade, com segurança e variado para garantir o crescimento e desenvolvimento dos alunos.
A abertura dos envelopes aconteceu na Prefeitura com a presença de fornecedores, sendo dois deles aprovados para atender ao Chamamento: a Cooperativa Luverdense de Agricultores Familiares (COOPERLAF) e Cooperativa de Desenvolvimento Agro-Industrial de Tapurah (COAIT).

Agronegócio
Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica

A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).
O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.
Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.
Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.
Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.
No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.
Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.
Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.
Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.
O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.
Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.
Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.
Fonte: Pensar Agro
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